Chefe da Otan defende ofensiva da Ucrânia na região russa de Kursk
Para Jens Stoltenberg, o direito da Ucrânia de se defender “não termina na fronteira”
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg (à esquerda na foto), manifestou apoio à ofensiva da Ucrânia na região russa de Kursk e citou o direito de Kiev de se defender.
“Os soldados, tanques e bases militares russos são alvos legítimos ao abrigo do direito internacional”, afirmou Stoltenberg entrevista ao jornal alemão Die Welt.
Ele disse ainda que o direito da Ucrânia de se defender “não termina na fronteira”, acrescentando que a Otan continuará a apoiar Kiev com entrega de armas e equipamentos militares para impedir a invasão russa.
Stoltenberg também destacou “o claro compromisso da Alemanha em continuar a ser o principal doador militar da Ucrânia na Europa e o segundo a nível mundial”.
Na semana passada, o governo alemão foi alvo de críticas depois de anunciar uma redução na ajuda militar à Ucrânia. O chanceler alemão, Olaf Scholz, reagiu às críticas e garantiu que Kiev continuará a receber equipamentos militares.
Rússia luta para conter avanço ucraniano
A Rússia continua a lutar para expulsar as forças ucranianas da região de Kursk, no primeiro caso de ocupação de seu território desde a Segunda Guerra Mundial. A resposta lenta do Kremlin reflete a falta de tropas disponíveis, já que a prioridade de Moscou permanece nas ofensivas no Donbas, leste da Ucrânia.
Vladimir Putin não parece considerar a incursão ucraniana em Kursk uma ameaça grave o suficiente para deslocar tropas do Donbas, onde se concentra sua principal campanha militar.
Segundo analistas, Putin acredita que a queda do Estado ucraniano tornará qualquer controle territorial irrelevante. Essa percepção tem levado a Rússia a adotar uma resposta limitada em Kursk.
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