A campanha milionária do ‘socialista’ Guilherme Boulos
O deputado federal tem, neste momento da campanha, pouco mais de 14 milhões de reais à sua disposição para gastos eleitorais
O candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, é aquele que neste momento da campanha tem o maior volume de recursos à sua disposição. São 14,093 milhões de reais na conta, segundo dados tabulados junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que estão aptos a serem gastos na corrida eleitoral paulistana.
Desde valor, 14 milhões são recursos do Fundão Eleitoral; os demais, aproximadamente 100 mil, vem de doações.
A deputada federal Tabata Amaral (PSB) tem o segundo maior volume de recursos neste momento. São 11,6 milhões disponíveis. Ao todo, 10,7 milhões que advém do Fundão Eleitoral e os demais foram obtidos por meio de doações.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) levantou, até o momento, 9 milhões de reais. Tudo do Fundão Eleitoral.
Já o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) não obteve recursos públicos, mas ele é o que detém o maior volume de doações. Foram, ao todo, 1,2 milhão obtidos até o momento.
O tucano Datena, até o momento, não conseguiu doações nem recursos dos fundos partidários e/ou eleitoral.
Como está a corrida eleitoral em São Paulo?
Pablo Marçal (PRTB) subiu seis pontos, a 19%, na pesquisa Quaest e aparece tecnicamente empatado na liderança da corrida pela Prefeitura de São Paulo com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP, 22%) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB, 19%).
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Em relação ao último levantamento, de julho, Boulos oscilou três pontos percentuais para cima e Nunes, dois para baixo. A margem de erro da pesquisa encomendada pela TV Globo é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Quem mais perdeu espaço foi o apresentador José Luiz Datena (PSDB), que tinha 19% em julho e agora aparece com 12%. A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) oscilou de 6% para 8%. Os indecisos são 8%, enquanto brancos, nulos e não vão votar somam 7%.
Tendência confirmada
A pesquisa confirma a tendência que outros institutos, como AtlasIntel, Datafolha e Paraná Pesquisas, já tinham apontado. “A disputa parece que realmente está sendo feita dentro do eleitorado bolsonarista. Nunes e Marçal estão ali o tempo todo buscando esse eleitor”, disse Felipe Nunes, diretor da Quaest, à TV Globo.
Em junho, na primeira pesquisa da série, o prefeito de São Paulo tinha 36% das intenções de voto dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno de 2022, contra 24% de Marçal. Agora, o ex-coach tem 39% contra 33% de Nunes nesse eleitorado.
A campanha de Nunes, o mais pressionado dos candidatos pela ascensão de Marçal, celebrou os números, com destaque para aqueles que indicam que, em segundo turno, o prefeito venceria tanto Boulos (por 46% a 33%) quanto Marçal (por 47% a 26%)
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