Boulos minimiza episódio do ‘hine’: ‘Factoide da extrema-direita’
Em sabatina, o candidato do PSOL voltou a responsabilizar a produtora contratada por sua campanha pelo ocorrido
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) minimizou na quarta-feira, 28, o episódio do Hino Nacional cantado em linguagem neutra em comício realizado com a presença do presidente Lula (PT) em São Paulo.
Em sabatina na GloboNews, o candidato à prefeitura de São Paulo voltou a responsabilizar a produtora contratada por sua campanha pelo ocorrido, o qual classificou como “factoide” criado pela “extrema-direita”.
“Nós também temos que entender qual é o jogo. O jogo da extrema-direita é o seguinte: eles sempre criam factoides.
Foi a produtora, porque senão parece que foi uma estratégia da campanha. Que a campanha pensou e decidiu fazer isso. Não foi. Foi algo que aconteceu assim e a campanha tomou as suas medidas. Agora, é lógico que a extrema-direita vai utilizar isso para querer encobrir pautas, que estão em voga, muito mais relevantes, que é a tática da distração.”
Questionado se apoiará a adoção da linguagem neutra em escolas municipais ou documentos oficiais caso seja eleito, Boulos negou: “Não terá essa perspectiva”.
“Eu respeito quem utiliza, quem considera, não acho que deva ser criminalizada, mas você tem que dialogar com a sensibilidade do conjunto da sociedade”, acrescentou.
O hino em linguagem neutra de Boulos
Durante comício no sábado, 24 de agosto, uma militante do PSOL resolveu declamar “des filhes” no verso “dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil”. A alteração da letra do hino gerou críticas e uma representação contra Boulos na Procuradoria-Geral da República.
“Em um só movimento a dupla Lula/Boulos conseguiu agredir o hino nacional, a língua portuguesa e o aparelho auditivo de quem foi submetido à ‘apresentação’. É de onde menos se espera que não vem nada mesmo…”, disse por meio das redes sociais o líder da oposição no Senado, Ciro Nogueira (PP-PI).
Após intensas críticas, a campanha do deputado resolveu apagar o vídeo. Ele também tem tentado se desvincular do episódio.
“Não foi, logicamente, uma decisão da minha campanha aquele absurdo que foi feito com o Hino Nacional. Aquilo foi uma produtora, que por sua vez contratou uma cantora que levou àquele episódio. A nossa campanha se posicionou de maneira clara, e a produtora não vai participar de outros eventos”, disse Boulos a jornalistas.
A campanha do candidato do PSOL também rompeu o contrato com a produtora responsável pela execução do Hino Nacional em linguagem neutra.
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