Exército abre inquérito policial sobre carta pró-golpe
Exército já havia investigado 46 oficiais pelo documento golpista. A corporação concluiu que apenas 37 tiveram algum tipo de participação
O Exército abriu um inquérito policial militar sobre a atuação de quatro coronéis autores da carta que pedia um golpe militar contra o resultado das eleições de 2022 e a posse presidencial de Lula (PT).
A informação é da Folha de S. Paulo.
O despacho é desta terça-feira, 27 de agosto.
Os alvos do inquérito são os coronéis da ativa Alexandre Castilho Bitencourt da Silva e Anderson Lima de Moura, e os da reserva Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso.
Eles respondem por crime militar na redação e publicação do texto.
O Exército já havia investigado 46 oficiais pelo documento golpista. A corporação concluiu que apenas 37 tiveram algum tipo de participação.
Além dos quatro alvos do inquérito, os outros 33 teriam apenas assinado a carta.
Segundo a Folha, oficiais anônimos afirmaram que os signatários teriam cometido apenas transgressão disciplinar. Deles, apenas 26 foram punidos por advertência ou detenção.
O documento intitulado “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, segundo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, tinha “clara ameaça de atuação armada” após as eleições de 2022.
O documento em questão foi recebido pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, na noite de 28 de novembro de 2022.
Essas informações constam no relatório da PF que serviu de embasamento para os pedidos de prisão e busca realizados em 8 de fevereiro de 2023, na Operação Tempus Veritatis.
Militares são proibidos por leis e regulamentações de realizar manifestações coletivas, seja para expressar atos de superiores ou em caráter político ou reivindicatório.
Ao perceber a circulação da carta entre os oficiais, o Alto Comando do Exército decidiu alertá-los acerca das consequências de aderir ao manifesto.
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