McLaren no topo
O GP da Holanda trouxe resultados mistos para as equipes e pilotos da Fórmula 1
Lando Norris venceu com autoridade Grande Prêmio da Holanda de 2024. A corrida trouxe resultados mistos para as equipes e pilotos da Fórmula 1, que de certa forma confirmaram algumas expectativas, mas também revelou algumas surpresas. Assim, vamos à análise de quem ganhou e quem perdeu nesse fim de semana:
Quem ganhou
Lando Norris foi o nome da corrida, conquistando uma sólida vitória para a McLaren. Dominante desde a classificação, onde superou Max Verstappen por mais de três décimos, o inglês escorregou na largada, de novo, mas logo passou o holandês e manteve um ritmo superior durante a corrida, beneficiando-se do fato da sua equipe se mostrar eficiente tanto em voltas rápidas quanto em ritmo de corrida. Esta vitória solidifica a posição de Norris e da McLaren como novas forças na disputa pelo campeonato, especialmente após vários bons desempenhos nas corridas anteriores.
A Ferrari teve um final de semana de certa forma surpreendente, com Leclerc assegurando um pódio após segurar bravamente Piastri, e isso numa corrida que não prometia muito para os italianos. Sainz largou mais de trás ainda e chegou num sólido quinto, mostrando que a evolução do carro pode ser real, deixando a expectativa para um GP da Itália interessante.
Pierre Gasly, da Alpine, também teve um desempenho exemplar para a realidade do equipamento. Ele conseguiu terminar nos pontos, contrastando com o desempenho de Esteban Ocon, que ainda tentou fazer algo melhor, mas não conseguiu. Para Gasly, este resultado foi um passo positivo numa temporada difícil, conseguindo manter Alonso a uma margem segura e chegando a lutar roda a roda com Mercedes e Ferrari.
Daniel Ricciardo, da RB (antiga Alpha Tauri), também teve um fim de semana sólido, recuperando-se de uma fraca classificação. Ele terminou à frente de Lance Stroll, beneficiando-se de uma penalidade do piloto da Aston Martin e, mais importante, 5 posições à frente de Yuki Tsunoda, num momento que vê sua vaga para 2025 sob forte ameaça.
Quem perdeu
Red Bull, dominante ao longo da temporada, enfrentou dificuldades em Zandvoort. Max Verstappen não conseguiu igualar o ritmo de Norris, e Sergio Pérez teve uma corrida discreta, terminando em sexto lugar. Parte da explicação é que a equipe usou o fim de semana para testar peças antigas nos carros para amealhar dados e entender porque não funcionam como o esperado. De toda forma o campeonato de construtores ficou ainda mais ameaçado.
A dupla da Mercedes também teve um desempenho aquém do esperado, com George Russell e Lewis Hamilton lutando para encontrar ritmo. Russell terminou em sétimo, enquanto Hamilton, prejudicado por uma penalidade no grid e um erro na qualificação, não passou do oitavo lugar. Ambos os pilotos sentiram as dificuldades de adaptação do carro às condições da pista e Russell ainda perdeu uma posição por arriscar mais uma parada de box que pareceu desnecessária.
A Aston Martin se viu novamente numa corrida decepcionante, com Fernando Alonso e Lance Stroll lutando e falhando em tentar acompanhar o ritmo de uma Alpine. Stroll, em particular, foi penalizado por um erro durante a corrida que o colocou atrás de Ricciardo, mas chegaria atrás de Alonso, que marcou um pontinho e Hulkenberg de toda forma. A equipe, que já começou a temporada devendo para as rivais, parece seguir apanhando na busca por evoluir seu carro.
Logan Sargeant, da Williams, teve outro fim de semana para esquecer. Após um grande acidente no treino livre que destruiu todo o novo pacote aerodinâmico que estava em seu carro, não conseguiu recuperar o terreno e terminou atrás de Albon, seu companheiro, que largou do último lugar. Somando às suas performances inconsistentes ao longo das duas últimas temporadas, aumentam as chances do americano ser substituído antes do fim do ano, quem sabe até antes mesmo do próximo fim de semana.
A Sauber teve uma corrida difícil – mais uma – com Valtteri Bottas e Zhou Guanyu terminando nas últimas posições. A equipe tem lutado ao longo da temporada com problemas de degradação de pneus e falta de competitividade e Zandvoort apenas evidenciou essas fraquezas, que não parecem estar em vias de serem resolvidas tão cedo.
Em resumo, o GP da Holanda trouxe à tona a crescente competitividade da McLaren, a melhora da Ferrari e as dificuldades que Mercedes e Red Bull voltam a enfrentar nesta fase da temporada. Com Monza como próxima etapa já neste fim de semana, será interessante ver como esses carros se comportarão numa pista tão rápida, o que sempre pode mudar um pouco o jogo de forças.
Eis o resultado final do GP da Holanda:
1) Lando Norris (McLaren/Mercedes), 72 voltas
2) Max Verstappen (Red Bull/Honda RBPT), (+22.896s)
3) Charles Leclerc (Ferrari), (+25.439s)
4) Oscar Piastri (McLaren/Mercedes), (+27.337s)
5) Carlos Sainz (Ferrari), (+32.137s)
6) Sergio Pérez (Red Bull/Honda RBPT), (+39.542s)
7) George Russell (Mercedes), (+44.617s)
8) Lewis Hamilton (Mercedes), (+49.599s)
9) Pierre Gasly (Alpine/Renault), 71 voltas
10) Fernando Alonso (Aston Martin/Mercedes), 71
11) Nico Hülkenberg (Haas/Ferrari), 71
12) Daniel Ricciardo (RB/Honda RBPT), 71
13) Lance Stroll (Aston Martin/Mercedes), 71
14) Alexander Albon (Williams/Mercedes), 71
15) Esteban Ocon (Alpine/Renault), 71
16) Logan Sargeant (Williams/Mercedes), 71
17) Yuki Tsunoda (RB/Honda RBPT), 71
18) Kevin Magnussen (Haas/Ferrari), 71
19) Valtteri Bottas (Sauber/Ferrari), 70
20) Zhou Guanyu (Sauber/Ferrari), 70
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