Macron senta com Le Pen e rejeita nome da esquerda
A fim de evitar a presença, dentro do governo, da extrema esquerda, representada pela França Insubmissa (LFI), Macron exortou os socialistas, ecologistas e comunistas a “cooperarem com outras forças políticas”.
Depois da esquerda, da direita e do seu próprio campo na sexta-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu esta segunda-feira, 26 de agosto, os líderes da direita nacionalista, Marine Le Pen e Jordan Bardella, bem como os presidentes da Assembleia e do Senado.
O Rassemblement Nationale (RN), que desistiu do cargo de primeiro ministro após a derrota nas eleições legislativas, teve a oportunidade de lembrar ao chefe de Estado a sua recusa a um governo de esquerda com ou sem La France Insoumis (LFI).
Lucie Castets descartada
O presidente francês, que comemorou no domingo, 25, o 80º aniversário da Libertação de Paris, parece tentado a jogar as prorrogações. Ele descartou a opção de um governo do NFP em nome da “estabilidade institucional”. . A hipótese de Lucie Castets, defendida desde finais de Julho pela esquerda, parece definitivamente excluída.
Para encontrar uma solução, Macron lançará novas consultas na terça-feira “com dirigentes partidários” e “personalidades”. Perante a ameaça de bloqueios institucionais, o Chefe de Estado apela aos líderes políticos para que demonstrem “espírito de responsabilidade”.
A fim de evitar a presença, dentro do governo, da extrema esquerda, representada pela França Insubmissa (LFI), Macron exortou os socialistas, ecologistas e comunistas a “cooperarem com outras forças políticas”.
“A minha responsabilidade é que o país não fique bloqueado nem enfraquecido. Os partidos políticos governamentais não devem esquecer as circunstâncias excepcionais da eleição dos seus deputados na segunda volta das eleições legislativa”, argumentou ainda o Presidente da República.
França Insubmissa reage
Manuel Bompard, do partido de extrema esquerda, La France Insoumise (LFI), lamentou esta segunda-feira, 26, o que chamou de “golpe antidemocrático inaceitável” por parte de Emmanuel Macron, após o anúncio de uma recusa da nomeação de Lucie Castets.
Jean-Luc Mélenchon, o líder do La France Insoumise considerou que o Presidente da República “acaba de criar uma situação de excepcional gravidade”. “A resposta popular e política deve ser rápida e firme”, insistiu, anunciando que “será apresentada uma moção de destituição” contra o chefe de Estado, como anunciaram os Insoumis há uma semana.
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