Ditadura de Maduro liberta jornalista presa por “incitação ao ódio”
Carmela Longo havia sido presa no domingo, 25, pela Polícia Nacional Bolivariana
O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) da Venezuela informou nesta segunda-feira, 26, que a jornalista Carmela Longo, presa no domingo, 25, com o filho pela Polícia Nacional Bolivariana (CPNB), foi libertada.
Acusada de terrorismo e incitação ao ódio, ela foi proibida de deixar o país e de falar ou escrever sobre seu caso.
“Jornalista Carmela Longo é libertada da prisão. Ela participou de uma audiência à distância nesta manhã, 26 de agosto, acusada de terrorismo e incitação ao ódio. Ela está proibida de sair do país, tem regime de apresentação e está proibida de falar e escrever sobre seu caso”, afirmou o sindicato no X.
Como mostramos, ela havia sido presa em sua casa, em Caracas. Um vídeo que circula nas redes sociais, divulgado pelo sindicato, mostra o momento em que a jornalista entra em uma viatura da polícia com o filho.
Segundo o sindicato, os agentes levaram computadores da jornalista.
A operação ocorreu dias depois de a jornalista ser demitida do jornal Últimas Notícias, alinhado ao chavismo. Outros profissionais da imprensa também perderam o emprego e foram perseguidos por causa de publicações contra o regime de Maduro.
Em 20 de agosto, Carmela Longo havia anunciado sua demissão repentina do jornal onde trabalhou durante quase duas décadas.
“Hoje terminou uma etapa da minha vida de quase 20 anos e faltavam quatro dias para sair de férias”, escreveu nas suas redes sociais.
Prisão de jornalistas
A prisão de Carmela se soma a outras detenções realizadas pelo Serviço Nacional Bolivariano de Inteligência (Sebin). Como mostramos, a ditadura de Nicolás Maduro prendeu outros dois jornalistas na semana passada. São eles: Ana Carolina Guaita, repórter do portal La Patilla e filha de conhecidos líderes da oposição no estado costeiro de La Guaira, e Víctor Ugas.
Segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Imprensa da Venezuela, Ana Carolina foi levada na terça-feira, 20, por agentes do Sebin, a polícia política que persegue os inimigos de Maduro.
Em 18 de agosto, agentes bolivarianos levaram à força o jornalista Víctor Ugas, acusado do crime de “incitação ao ódio”, após uma discussão com o influenciador digital Emmanuel Marcano, um dos agentes da propaganda chavista no TikTok.
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