Igarapé seca em Rondônia, e dezenas de peixes morrem na estiagem
A crise hídrica em Rondônia afeta gravemente igarapés, causando morte de peixes e dificuldades para comunidades ribeirinhas, que lutam contra a escassez de água.
Em Porto Velho, Rondônia, a crise hídrica tem causado grande preocupação entre os moradores locais. A moradora Conceição, que vive próxima ao Igarapé Maravilha, expressa sua angústia ao ver a fauna local e sua própria família sofrendo com a escassez de água. “Secou pra gente que é humano, para os peixes e pros bichos. Pássaro, capivara, macaco: tudo vai beber água no igarapé e aí como está seco eles estão sofrendo do mesmo jeito que a gente está sofrendo”, lamenta.
O igarapé que antes proporcionava momentos de lazer e atividades cotidianas agora se apresenta como um cenário desolador, repleto de peixes mortos. Esta realidade revela uma crise ecológica e humana que afeta não só Maravilha, mas diversas outras comunidades ribeirinhas de Rondônia.
Seca em Igarapé Maravilha: Um Problema Preocupante
A seca em Rondônia tem mostrado seu impacto devastador nas águas dos igarapés. Anderson Luiz, gerente de operações da Defesa Civil, explica: “O que está acontecendo é a falta de oxigênio na água e temperaturas muito altas, que estão causando a morte dos peixes. Isso ocorre não só aqui, mas em várias outras regiões”. Com a tendência do rio Madeira de continuar a baixar, a situação pode se agravar ainda mais.
Como o Igarapé Maravilha Foi Afetado?
Cláudio Uchoa, morador da região de Maravilha há 45 anos, descreve sua incredulidade com a situação atual. “Eu nunca tinha visto essa seca que estamos vivendo agora. Toda a população ribeirinha que depende desse lago está sentindo o impacto”, afirma. A rápida secagem do igarapé em menos de um mês eleva o medo de que o lago, agora a única fonte de água, seque também.
O Desespero dos Moradores de Maravilha
Sem acesso à água encanada e dependentes dos recursos naturais, os moradores de Maravilha enfrentam grandes dificuldades para realizar tarefas diárias como cozinhar, lavar roupas e se banhar. A escassez de água gera uma incerteza quanto ao futuro da comunidade. “Essa água a gente usa pra tudo. E como a gente vai ficar se não tiver essa água?”, questiona Cláudio, preocupado com o bem-estar das 400 famílias locais.
Quais São as Previsões Climáticas para Rondônia?
A falta de chuvas significativas em Porto Velho contribui para a severidade da seca. Anderson Luiz observa que “julho e julho foram alguns dos meses mais secos em quase 60 anos”. O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) destaca duas causas principais para os baixos níveis de água: um período de cheia insuficiente e antecipação da estiagem. Caê Moura, gerente do Censipam, alerta: “Essa estiagem severa está comprometendo a hidrologia e antecipando problemas que antes eram vistos apenas em períodos muito específicos”.
A Crise Hídrica em Números
- Período de cheia muito abaixo da média histórica
- Temperaturas elevadas e ausência de precipitações significativas
- Níveis do rio Madeira abaixo da normalidade
Consequências para as Comunidades Ribeirinhas
- Escassez de água para consumo e uso doméstico
- Morte de peixes e outros seres aquáticos
- Complicações nas atividades diárias dos moradores
Diante dessa situação, moradores e autoridades esperam por ações que possam mitigar os impactos da crise hídrica. A sobrevivência das comunidades ribeirinhas e da fauna local está em jogo, e medidas urgentes são necessárias para enfrentar a seca prolongada em Rondônia.
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