Exército da Venezuela declara “absoluta lealdade” a Maduro
Mensagem foi publicada dias depois de o TSJ, controlado por Maduro, validar a farsa eleitoral realizada pelo ditador para se manter no poder
As Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) da Venezuela reafirmaram neste domingo, 25 de agosto, “absoluta lealdade e subordinação” a Nicolás Maduro (foto). A mensagem do Exército venezuelano foi publicada dias depois de o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país, controlado por Maduro, validar a farsa eleitoral realizada pelo ditador para se manter no poder.
“Hoje reiteramos a nossa absoluta lealdade e subordinação ao comandante-chefe da FANB e ao presidente Nicolás Maduro, bem como ao processo revolucionário bolivariano legitimamente constituído”, diz mensagem compartilhada no Instagram do general Domingo Hernández Lárez, comandante operacional das Forças Armadas venezuelanas.
A mensagem publicada por Hernández Lárez afirma ainda que as Forças Armadas “cumprem absoluta e categoricamente” a decisão da Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça que validou os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), atribuindo a vitória de Maduro.
Marcadas por fartos indícios de fraude — e por sinais abundantes de vitória da oposição — a Corte venezuelana garantiu a vitória do ditador sem mostrar nenhuma ata eleitoral comprovando o resultado.
Na quarta-feira, a presidente do TSJ, Caryslia Rodríguez — uma militante do PSUV, o partido de Maduro — disse que Edmundo González Urrutia, o candidato da oposição reconhecido como o vencedor por parte da comunidade internacional, não teria apresentado nenhuma prova de que a eleição foi fraudada. A campanha da oposição, porém, apresentou atas reconhecidas internacionalmente.
Maduro uniu o mundo contra a fraude eleitoral
Governos de onze países anunciaram na sexta-feira que não reconhecerão a eleição de Maduro, ao menos sem a apresentação das atas das urnas, que comprovariam a farsa.
Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai emitiram um comunicado conjunto para condenar a manobra da ditadura.
Na carta, os países signatários reiteraram que “apenas uma auditoria imparcial e independente dos votos” poderia garantir o respeito à vontade popular e à democracia na Venezuela.
Eles também manifestaram preocupação com a violação dos direitos humanos perpetrada contra os cidadãos que exigem a apresentação das atas e o reconhecimento da vitória do candidato da oposição, Edmundo González.
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