Ministério Público de Maduro intima Edmundo González
Procurador-geral do regime de Nicolás Maduro afirmou que o candidato da oposição é investigado pela criação de site com as atas eleitorais
O Ministério Público da Venezuela, controlado pelo chavismo, intimou o opositor Edmundo González (foto) para um interrogatório na próxima segunda-feira, 26 de agosto, sobre as atas eleitorais publicadas em um site.
No documento da intimação, González foi convocado “para dar entrevista” sobre “suposto cometimento dos crimes de usurpação de funções, forjamento de documento público, instigação à desobediência de leis, crimes informáticos, associação para cometer crimes e conspirar”.
Na sexta-feira, o procurador-geral do regime de Nicolás Maduro, Tarek William Saab, afirmou que o candidato da oposição é investigado pela criação do site com as atas eleitorais. Os dados, disponibilizados pela oposição, de maneira independente, apontam a vitória de Edmundo com 67% dos votos, contra 30% de Maduro.
Controlado pelo regime de Nicolás Maduro, o Supremo Tribunal de Justiça, principal corte constitucional da Venezuela, validou na quinta-feira, 22 de agosto, a fraude eleitoral promovida pelo ditador.
A Corte declarou Maduro como vencedor do pleito de 28 de julho, mesmo sem mostrar nenhuma ata eleitoral que comprove o resultado.
O anúncio foi feito pela presidente do tribunal, Caryslia Beatriz Rodríguez, militante do partido de Maduro.
Maduro uniu o mundo contra a fraude eleitoral
Governos de onze países anunciaram que não reconhecerão a eleição de Maduro, ao menos sem a apresentação das atas das urnas, que comprovariam a farsa.
Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai emitiram na sexta-feira, 23, um comunicado conjunto para condenar a manobra da ditadura.
Na quinta-feira, 22, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela validou a farsa eleitoral realizada por Maduro para se manter no poder.
Na carta, os países signatários reiteraram que “apenas uma auditoria imparcial e independente dos votos” poderia garantir o respeito à vontade popular e à democracia na Venezuela.
Eles também manifestaram sua profunda preocupação com a violação dos direitos humanos perpetrada contra os cidadãos que exigem a apresentação das atas e o reconhecimento da vitória do candidato da oposição, Edmundo González.
Fora o governo Lula e outras ditaduras amigas, o ditador Nicolás Maduro conseguiu unir o mundo contra a fraude eleitoral de 28 de julho.
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