Kamala Harris pede maior pressão internacional sobre Maduro
Em carta divulgada por María Corina Machado, a vice-presidente dos EUA cobrou transparência do regime de Nicolás Maduro
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris (foto), cobrou transparência do regime de Nicolás Maduro e exortou as forças de segurança da Venezuela a garantirem os direitos humanos e a liberdade de expressão no país.
Uma carta da democrata foi divulgada pela líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, nesta sexta-feira, 23 de agosto. No comunicado, Kamala Harris afirma que a comunidade internacional está monitorando a situação do país e condena atos de violência. A carta foi assinada em 16 de agosto.
“Os Estados Unidos apoiam o desejo do povo venezuelano por paz e mudança democrática após anos de corrupção governamental, abuso de poder e má gestão econômica”, escreveu a vice-presidente.
Kamala Harris também pediu ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela que “mantenha os mais altos níveis de transparência” e que a comunidade internacional pressione o órgão venezuelano para publicar todas as atas eleitorais.
“A violação desses direitos só aprofunda a crise e dificulta os esforços para uma transição pacífica e democrática (…). Continuaremos a encorajar os partidos na Venezuela a iniciar negociações sobre uma transferência de poder respeitosa e pacífica, em conformidade com a lei eleitoral venezuelana”, acrescentou.
Em sua publicação no X, María Corina Machado agradeceu o apoio do mundo democrático:
“Esperamos que os líderes do mundo democrático reconheçam a coragem e a determinação do povo venezuelano como livres. Saber que não estamos sozinhos nos dá ainda mais força. Os venezuelanos estão unidos como nunca antes. Obrigado Kamala Harris por defender os valores democráticos que são o espírito de nossa vitória. A Venezuela será livre. Nossas famílias voltarão para casa.”
Maduro uniu o mundo contra sua fraude
Fora o governo Lula e outras ditaduras amigas, o ditador Nicolás Maduro conseguiu unir o mundo contra a fraude eleitoral de 28 de julho.
Governos de mais de uma dezena de países anunciaram que não reconhecerão a eleição de Maduro, ao menos sem a apresentação das atas das urnas, que comprovariam a farsa.
Os governos de onze países —Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai— emitiram nesta sexta-feira, 23, um comunicado conjunto para condenar a manobra da ditadura.
Na quinta-feira, 22, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela validou a farsa eleitoral realizada por Maduro para se manter no poder.
Na carta, os países signatários reiteraram que “apenas uma auditoria imparcial e independente dos votos” poderia garantir o respeito à vontade popular e à democracia na Venezuela.
Eles também manifestaram sua profunda preocupação com a violação dos direitos humanos perpetrada contra os cidadãos que exigem a apresentação das atas e o reconhecimento da vitória do candidato da oposição, Edmundo González.
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