Contrato de CEO da Starbucks prevê ida ao trabalho de avião
Brian Niccol precisará viajar quase 1,6 mil quilômetros de sua casa em Newport, Califórnia, até o escritório central da empresa em Seattle, Washington.
Brian Niccol ainda nem começou oficialmente como novo diretor-executivo (CEO) da rede de cafeterias Starbucks, mas já está no centro de uma polêmica.
Recentemente, foi divulgado que Niccol precisará viajar quase 1,6 mil quilômetros de sua casa em Newport, Califórnia, até o escritório central da empresa em Seattle, Washington.
O deslocamento, que pode ser realizado em um jatinho particular da empresa, gerou críticas intensas, especialmente nas redes sociais.
Muitos apontam a discrepância entre as políticas de sustentabilidade da Starbucks e o estilo de vida dos seus executivos.
Brian Niccol: novo CEO da Starbucks
Niccol foi recentemente escolhido como o novo CEO da Starbucks e sua posse está prevista para 9 de setembro de 2024.
Segundo o contrato, ele não precisará se mudar para Seattle, mas terá que se deslocar regularmente entre Newport e a sede da empresa.
A Starbucks informou que um escritório remoto será instalado em Newport para uso do CEO quando ele estiver na Califórnia.
A viagem de avião particular entre as duas cidades dura entre 2,5 e 3 horas, um tempo significativamente menor do que as 18 horas necessárias de carro.
CEO da Starbucks precisa lidar com a questão da sustentabilidade
Um dos pontos mais debatidos é a questão da sustentabilidade.
A Starbucks, que tenta se vender como uma empresa comprometida com o meio ambiente, agora enfrenta críticas pelo uso de aviões particulares por seus executivos.
Cada hora de voo desses jatos pode emitir até duas toneladas de dióxido de carbono.
Um relatório das Nações Unidas em 2021 revelou que o 1% mais rico da população mundial produz o dobro das emissões de carbono dos 50% mais pobres.
A reação nas redes sociais foi imediata, com muitos usuários criticando o contraste entre a imagem de sustentabilidade da empresa e a prática de seus gestores.
Trabalho híbrido e salário de Brian Niccol
A Starbucks adota uma política de trabalho híbrido, exigindo que seus funcionários compareçam ao escritório pelo menos três dias por semana.
No entanto, não está claro se essa política também se aplica a Niccol.
Dan Coatsworth, analista de investimentos da corretora AJ Bell, afirmou que “no papel, foram dadas as mesmas condições de trabalho híbridas que outros funcionários de escritório“.
O salário de Niccol também chamou atenção.
Seu salário base anual será de US$ 1,6 milhão (R$ 8,9 milhões), podendo alcançar até US$ 7,2 milhões em bônus e US$ 23 milhões em ações.
Equilíbrio entre sustentabilidade e práticas corporativas
A questão que fica no ar é como a Starbucks equilibra sua imagem de empresa sustentável com práticas que são consideradas prejudiciais ao meio ambiente.
O debate sobre sustentabilidade é complexo e vai além de acordos contratuais e políticas de trabalho remoto.
Resta saber se a Starbucks conseguirá enfrentar esses desafios de maneira transparente e eficaz, mantendo sua imagem de compromisso com o meio ambiente enquanto atende às necessidades de seus executivos.
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