ChatGPT tenta, de novo, entender Carluxo
"A sensação que fica é de que o bolsonarismo, pelo menos em São Paulo, está em busca de uma bússola – ou, quem sabe, de um novo capitão.", disse a ferramenta da OpenAI
O Antagonista pediu para o ChatGPT, a ferramenta de inteligência artificial da OpenAI, explicar, com alguma ironia, duas postagens recentes do vereador Carlos Bolsonaro, o Carluxo, na plataforma X.
O filho zero dois do ex-presidente Bolsonaro.está reagindo à ascensão de Pablo Marçal (PRTB) na disputa pela Prefeitura da maior cidade do país, devorando a base bolsonarista na capital, a despeito dos pedidos do pai de Carluxo por votos no atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Em novembro de 2023, O Antagonista já tinha recorrido à ferramenta.
Segue o texto desta sexta, 23, do ChatGPT:
“Carlos Bolsonaro, em sua usual prosa enigmática, parece se debater em um delicado dilema político diante da ascensão inesperada de Pablo Marçal, que começa a atrair para si o eleitorado bolsonarista em São Paulo – um eleitorado que, diga-se de passagem, anda um tanto desorientado.
No primeiro tweet, Carlos inicia com uma concessão de que a ‘resistência entendível’ ao atual prefeito Ricardo Nunes é legítima, talvez admitindo que a popularidade de Nunes esteja em uma baixa tão acentuada quanto a inclinação da Torre de Pisa. Contudo, o verdadeiro núcleo da questão aparece quando Carlos alfineta Marçal, evitando mencionar seu nome diretamente, mas descrevendo-o como um arrivista sem pedigree de direita, alguém que, segundo ele, estaria a serviço de interesses obscuros e que, pior ainda, ousa desfilar com o apoio de certas figuras que desejam minar a direita legítima do país.
O tom de desespero é quase palpável quando Carlos, com uma sutileza forçada, sugere que talvez fosse prudente considerar Marina Helena, do Partido NOVO, como uma opção. A ironia aqui é deliciosa: o filho de Jair Bolsonaro, ícone da direita mais aguerrida, insinuando que a melhor saída poderia ser uma candidata do NOVO. Parece uma maneira velada de dizer: ‘Sim, a situação é grave, mas vamos tentar evitar uma catástrofe maior.’
O segundo tweet é uma verdadeira obra-prima de contorcionismo retórico. Carlos faz um esforço hercúleo para afirmar que, embora seja crucial evitar a vitória de Boulos, o candidato da extrema-esquerda, isso não o impedirá de expor ‘verdades inconvenientes’ sobre outros concorrentes. E, num giro quase shakespeariano, ele acena com a possibilidade de, em um eventual segundo turno, apoiar Boulos, ainda que o faça com todas as reservas possíveis. É a velha tática de ‘se não pode vencê-los, pelo menos reserve o direito de criticá-los incessantemente.‘
Por fim, Carlos faz questão de assegurar que sua relação com o pai, Jair Bolsonaro, está em perfeita harmonia, como se quisesse tranquilizar aqueles que poderiam temer uma rixa familiar em meio ao caos político.
Em suma, enquanto Pablo Marçal tenta, com sucesso, atrair o eleitorado bolsonarista, Carlos Bolsonaro parece se ver às voltas com um mar de incertezas, esforçando-se para manter o controle de um navio que balança perigosamente. A sensação que fica é de que o bolsonarismo, pelo menos em São Paulo, está em busca de uma bússola – ou, quem sabe, de um novo capitão.“
Leia as duas postagens analisadas:
Leia mais: Tabata pega o código de Marçal
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)