Marçal avança no eleitorado de Bolsonaro
Tecnicamente empatado com Boulos e Nunes, o ex-coach cresceu em intenções de voto entre evangélicos, brancos, pardos e bolsonaristas
Tecnicamente empatado na disputa pela prefeitura de São Paulo com Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), o ex-coach e empresário Pablo Marçal (PRTB) cresceu em intenções de voto entre evangélicos, brancos, pardos e bolsonaristas, apesar do apoio de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição do emedebista.
O avanço foi registrado pelo Instituto Datafolha.
Os dados do levantamento divulgado na quinta-feira, 22, mostram um salto de Marçal perante o eleitorado evangélico, passando de 18% para 30%, enquanto Nunes recuou de 26% para 22%. A margem de erro para este recorte é de seis pontos percentuais.
O ex-coach também subiu entre brancos, passando de 13% para 21%, e também pardos, avançando de 14% para 24%. Nesses casos, a margem de erro é de quatro pontos percentuais entre brancos e cinco pontos entre pardos.
Marçal ganha apoio do eleitorado bolsonarista
O segmento no qual Marçal mais avançou foi entre os eleitores bolsonaristas, apontou o Datafolha.
No início de agosto, o ex-coach tinha 25% das intenções de voto entre os eleitores de Jair Bolsonaro.
Na pesquisa de 22 de agosto, ele teve 46%.
As intenções de voto desse público no prefeito Ricardo Nunes, que é o candidato de Bolsonaro, recuraram de 37% para 26%.
Como mostrou a edição desta semana de Crusoé, o clã Bolsonaro já não esconde seu incômodo com Marçal e iniciou uma guerra nas redes contra o influenciador digital.
O Datafolha ouviu presencialmente 1.204 eleitores entre 20 e 21 de agosto. A pesquisa está registrada sob o número SP-08344/2024.
Protagonista
Marçal se tornou o protagonista da campanha pela Prefeitura de São Paulo após a postura provocativa nos primeiros debates. Seu desempenho levou Nunes, Boulos e Datena a faltarem ao debate promovido pela Veja, quando foram classificado como “fujões” por quem apareceu.
Com a candidatura questionada legalmente em várias frentes, Marçal passou a ser confrontado nesta semana pela família Bolsonaro, seus aliados até o início desta campanha. Formalmente, o ex-presidente Jair Bolsonaro apoia a reeleição de Nunes, mas titubeou ao longo da campanha, ao dizer ele não era o candidato de seus sonhos, dando início a uma série de desmentidos que desembocou nos atritos com Marçal.
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