Pernambuco cria comitê para enfrentar a febre do Oropouche
Estado mobiliza forças para coordenar ações de prevenção, controle e tratamento da febre do Oropouche, com foco na transmissão vertical
O governo de Pernambuco deu um passo importante no combate à febre do Oropouche ao instituir um comitê técnico intersetorial dedicado ao enfrentamento da doença. A medida, formalizada por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial do Estado, visa coordenar, monitorar e avaliar as estratégias de prevenção, controle e tratamento do vírus em todo o território pernambucano.
A criação do comitê foi impulsionada por uma recomendação do Ministério da Saúde, que alertou sobre a necessidade de intensificar a vigilância especialmente nos casos de transmissão vertical da febre do Oropouche.
A transmissão vertical ocorre quando o vírus é passado da mãe para o bebê durante a gravidez ou no momento do parto, um fator que tem gerado preocupação nas autoridades de saúde do estado.
Casos confirmados da febre do Oropouche
Pernambuco já confirmou a ocorrência de casos de transmissão local da febre do Oropouche, inclusive com registros de transmissão vertical e óbitos fetais associados à infecção.
Esses dados reforçam a urgência de medidas coordenadas para minimizar os impactos da doença na população, especialmente entre gestantes, que representam um grupo de risco significativo.
Atribuições do comitê técnico
O comitê técnico terá um papel central na formulação e execução de um Plano Estadual de Enfrentamento ao Oropouche. Entre as principais atribuições do comitê estão:
- Planejamento e Monitoramento: Elaborar e acompanhar o Plano Estadual de Enfrentamento ao Oropouche, estabelecendo diretrizes para a intensificação das ações de controle e prevenção.
- Divulgação e Mobilização: Definir estratégias para a divulgação das informações sobre a situação epidemiológica da febre do Oropouche no estado e os resultados obtidos com as ações de combate ao vírus.
- Assistência à Saúde: Determinar diretrizes para garantir a adequada assistência à saúde dos infectados, com especial atenção às gestantes, que são mais vulneráveis aos efeitos da doença.
- Apoio Intersetorial: Promover a integração de esforços entre diferentes órgãos estaduais, municipais e a sociedade civil para assegurar a eficácia das ações de combate ao vetor, focando na integralidade das ações em todas as esferas de governo.
- Pesquisa e Inovação: Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias que possam aprimorar o diagnóstico, tratamento e prevenção da febre do Oropouche, com ênfase em soluções que minimizem os impactos da doença entre as gestantes.
- Grupos de Trabalho Temáticos: Coordenar a formação de grupos de trabalho especializados, cada um com responsabilidades específicas, para garantir que todas as estratégias e planos sejam implementados de forma eficiente.
O comitê se comprometeu a realizar reuniões ordinárias a cada 15 dias enquanto a febre do Oropouche for considerada uma ameaça significativa à saúde pública no estado. Reuniões extraordinárias também poderão ser convocadas pelo coordenador do comitê ou por solicitação de pelo menos metade dos seus membros, conforme destaca a portaria.
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