Quem no STF apoia a investigação de Moraes sobre Vaza Toga?
O ministro Alexandre de Moraes consultou os colegas da Corte antes de instaurar o inquérito que investiga o vazamento das mensagens da Vaza Toga
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, consultou os colegas da Corte antes de instaurar o inquérito que investiga o vazamento das mensagens de WhatsApp que expôs a Vaza Toga.
Segundo o Estadão, pelo menos três magistrados confirmaram terem sido procurados por Moraes.
“Esses ministros concordam sobre a gravidade do caso e a importância de a Polícia Federal investigar a fundo o episódio que pode caracterizar violação de sigilo funcional se ficar comprovado que o vazamento envolve servidor público”, diz o jornal.
PF intima ex-chefe da assessoria especial do TSE
A Polícia Federal intimou na quarta-feira, 21, Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE, a depor sobre o vazamento de mensagens que indicou o uso “fora do rito” da Corte Eleitoral por Moraes para avançar o inquérito das fake news no STF.
O depoimento foi marcado para esta quinta-feira, 22, às 11h, na Superintendência da PF em São Paulo.
A esposa e o cunhado de Tagliaferro também foram intimados a depor.
Leia mais: A gravidade da Vaza Toga
A pedido de Moraes
O inquérito foi aberto por iniciativa do próprio Moraes, sem requerimento do Ministério Público Federal (MPF).
Mantida em sigilo, a portaria de instauração do inquérito é desconhecida.
Dessa forma, não é possível saber quais argumentos foram usados pelo ministro do STF para justificar a investigação.
A Vaza Toga
Mensagens de texto de assessores de Moraes indicam o uso “fora do rito” do TSE para avançar o inquérito das fake news no STF, diz reportagem da Folha de S. Paulo publicada em 13 de agosto.
Segundo o jornal, o setor de combate à desinformação do TSE forneceu material ao gabinete de Moraes no STF.
“As mensagens revelam um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, tendo o órgão de combate à desinformação do TSE sido utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano”, diz o jornal.
As trocas de informação ocorriam pelo aplicativo de mensagens WhatsApp.
De acordo com a reportagem, o “maior volume de mensagens com pedidos informais” envolveu Tagliaferro e o “assessor mais próximo de Moraes no STF”, o juiz instrutor Airton Vieira.
“As mensagens mostram que Airton Vieira (STF) pedia informalmente via WhatsApp ao funcionário do TSE relatórios específicos contra aliados de Jair Bolsonaro (PL). Esses documentos eram enviados da Justiça Eleitoral para o inquérito das fake news, no STF.”
O jornal afirma ter acesso a mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos de assessores de Moraes, incluindo Vieira, que é o primeiro auxiliar do gabinete do ministro no Supremo.
Leia mais em Crusoé: Investigador, acusador, juiz
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)