O depoimento de Leitoso
A Veja acrescenta mais detalhes sobre o depoimento do executivo da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, o Leitoso, sobre os pedidos de propina do tesoureiro do PT: "No ano de 2010, Eduardo Leite foi apresentado a João Vaccari Neto. Estavam em um restaurante quando o petista aproveitou o encontro para marcar uma reunião sobre assuntos de interesse comum...
A Veja acrescenta mais detalhes sobre o depoimento do executivo da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, o Leitoso, sobre os pedidos de propina do tesoureiro do PT:
“No ano de 2010, Eduardo Leite foi apresentado a João Vaccari Neto. Estavam em um restaurante quando o petista aproveitou o encontro para marcar uma reunião sobre assuntos de interesse comum. Dias depois, num restaurante em Moema, na Zona Sul de São Paulo, Vaccari foi direto ao assunto: a Camargo Corrêa estava “atrasada” com os pagamentos de propina em contratos da Petrobras.
O relato consta em depoimento prestado na última sexta-feira, 13, na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde está preso o executivo da Camargo Corrêa.
“João Vaccari questionou o depoente se não haveria interesse em liquidar esses pagamentos mediante doações eleitorais oficiais”, diz o depoimento de Leite, tomado pelo delegado Felipe Hayashi na presença do advogado Marlus Arns.
Leite contou que foi cobrada uma dívida de propina superior a 10 milhões de reais. “O valor certamente era superior a 10 milhões de reais”, diz o depoimento. O suborno era cobrado na forma de contribuições oficiais, como tentativa de dar uma aparência legítima ao dinheiro desviado do esquema de corrupção da Petrobras.
De acordo com o executivo, o tesoureiro chegou a ser recebido na sede da construtora em São Paulo, onde Leite “deixou a solicitação de Vaccari para ser resolvida por Marcelo Bisordi (vice-presidente da área institucional)”.
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