María Corina: “Realizamos o maior feito cívico da história da Venezuela”
Líder da oposição na Venezuela participa de manifestação em Caracas e faz novo apelo a militares para reconhecerem vitória de Edmundo González
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, disse neste sábado, 17 de agosto, que “o maior feito cívico da história” do país foi realizado com a vitória de Edmundo González Urrutia nas eleições presidenciais de 28 de julho, apesar de as autoridades eleitorais chavistas declararem Nicolás Maduro vitorioso.
“Acreditavam que, devido à perseguição contra as nossas testemunhas [eleitorais], não iríamos receber as nossas atas, mas em 24 horas tínhamos as atas digitalizadas”, afirmou María Corina durante manifestação em Caracas.
Em seu discurso, a líder da oposição disse que o protesto de hoje conclui uma “quinta etapa”, que consiste em “cobrar” a vitória de Edmundo González para que “cada voto seja respeitado”.
“Não há nada que esteja acima da voz do soberano e o soberano falou na Venezuela (…). Que o mundo e todos na Venezuela reconheçam que o presidente eleito é Edmundo González Urrutia”, acrescentou.
María Corina voltou a afirmar que a oposição não sairá das ruas enquanto o regime de Maduro não apresentar as atas eleitorais e voltou a apelar às Forças Armadas por um “cumprimento estrito de seu dever constitucional” no reconhecimento da vitória de Edmundo González.
“Não vamos deixar as ruas. Com inteligência, com prudência, com resiliência, com audácia e pacificamente, porque a violência convém a eles. O protesto pacífico é nosso direito”, afirmou.
Milhares de venezuelanos saíram às ruas de Caracas em manifestação convocada pela oposição. Há também registros de protestos em outros lugares do mundo como Bruxelas, na Bélgica, Sidney, na Austrália, Londres, no Reino Unido, e na Cidade do México.
Corina Machado convocou a mobilização mundial para “apoiar a verdade” sobre os resultados das votações realizadas em 28 de julho.
Os manifestantes exibiram cópias das atas eleitorais apresentadas pela oposição, que dão 67% dos votos a Edmundo González e apenas 30% ao ditador venezuelano.
Maduro foi proclamado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo chavismo, para um terceiro mandato com 52% dos votos, contra 43% de Edmundo González.
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