Espanha aumenta pressão sobre Maduro
Governo da Espanha voltou a pressionar o regime de Nicolás Maduro para publicar as atas eleitorais
O governo da Espanha voltou a pressionar o regime de Nicolás Maduro para publicar as atas eleitorais da Venezuela e insistiu em pedir “transparência” ao líder venezuelano.
A Ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, se manifestou neste sábado, 17 de agosto, sobre a declaração conjunta emitida por Estados Unidos, União Europeia e mais 21 países condenando o regime de Maduro. O documento não contém a assinatura do Brasil.
Para Robles, o que está acontecendo na Venezuela “é algo que deve preocupar a todos nós”.
“A posição da Espanha sempre foi muito clara no pedido de transparência” e no seu “papel de liderança na comunidade internacional”, disse.
A ministra espanhola da Ciência e Universidades, Diana Morant, também pediu neste sábado que o regime de Nicolás Maduro não use violência contra as manifestações de seus adversários políticos e que tenha “uma resposta pacífica e serena e, acima de tudo, que garante os resultados democráticos das últimas eleições”.
Morant afirmou que “a Espanha se posicionou ao lado da garantia democrática, que exigiu desde o primeiro momento que todas as atas e o resultado eleitoral fossem conhecidos com rigor e foi um dos primeiros signatários da Declaração de Santo Domingo”.
O documento a que as ministras espanholas se referem foi assinado por Argentina, Canadá, Chile, República Tcheca, Costa Rica, Equador, Espanha, Estados Unidos, El Salvador, Guatemala, Guiana, Itália, Marrocos, Países Baixos, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Reino Unido, Suriname, Portugal, Uruguai e a União Europeia.
Os países solicitaram a autorização para regresso “urgente” do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, expulso pelo regime de Maduro ainda em fevereiro.
E exigiram um salvo-conduto para garantir a possibilidade de exílio de seis perseguidos políticos que integram a campanha da oposição a Maduro. Os seis estão refugiados na embaixada da Argentina, em Caracas, que, desde o início de agosto, passou à responsabilidade da diplomacia brasileira.
Sobre as eleições presidenciais, solicitaram ainda a “publicação imediata” das atas das urnas.
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“Solicitamos a publicação imediata de todos os registros originais e a verificação imparcial e independente destes resultados, de preferência por uma entidade internacional, para garantir o respeito pela vontade do povo venezuelano expressa nas urnas. Qualquer atraso neste acontecimento põe em causa os resultados publicados oficialmente em 2 de agosto de 2024.”
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