Calor extremamente alto na Europa teve 47 mil mortes relacionadas em 2023 Calor extremamente alto na Europa teve 47 mil mortes relacionadas em 2023
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Calor extremamente alto na Europa teve 47 mil mortes relacionadas em 2023

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4 minutos de leitura 16.08.2024 15:17 comentários
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Calor extremamente alto na Europa teve 47 mil mortes relacionadas em 2023

O impacto devastador da crise térmica na Europa revelado em números - explore as consequências do ano mais quente já registado.

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Calor extremamente alto na Europa teve 47 mil mortes relacionadas em 2023
Porto Alegre enfrenta recorde de calor em 2024. Créditos: depositphotos.com / rfphoto

Um estudo recente trouxe luz sobre as consequências devastadoras das altas temperaturas na Europa em 2023. Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), mais de 47 mil pessoas perderam suas vidas devido ao calor extremo, tornando o ano passado o mais quente registrado desde o início dos registros globais. O estudo foi publicado na renomada revista científica Nature Medicine.

Os pesquisadores usaram dados do Escritório Europeu de Estatísticas (Eurostat) sobre 96 milhões de mortes para avaliar a mortalidade associada ao calor em 823 regiões de 35 países europeus em 2023. As estimativas revelaram que o total de mortes relacionadas ao calor alcançou 47.690, o que representa a segunda taxa mais alta já registrada, superada apenas pelo ano de 2022.

Calor extremo na Europa em 2023: medidas de adaptação

A pesquisa sugere que a sociedade está se adaptando gradualmente às altas temperaturas. Medidas como melhorias no sistema de saúde, proteção social, avanços na saúde ocupacional e campanhas de conscientização têm mostrado resultados na redução da vulnerabilidade ao calor. “Nossos resultados demonstram como os processos de adaptação social às altas temperaturas conseguiram reduzir dramaticamente a vulnerabilidade e a mortalidade nos verões recentes, especialmente entre os idosos”, declarou Elisa Gallo, líder do estudo.

Entre os países mais afetados, a Grécia teve a maior taxa de mortalidade relacionada ao calor com 393 mortes por milhão de habitantes, seguida por Bulgária (229), Itália (209) e Espanha (175). Em contraste, a Alemanha registrou uma taxa significativamente menor, com 76 mortes por milhão de habitantes. Apesar das variações, o impacto do calor foi sentido em todos os países analisados, com as mulheres e os idosos sendo os mais vulneráveis.

Quais são as consequências das altas temperaturas?

A mortalidade associada ao calor em 2023 poderia ter sido 80% maior na população geral e 100% maior entre pessoas com mais de 80 anos, caso não houvesse medidas de adaptação. Segundo Gallo, a temperatura mínima de mortalidade no continente europeu aumentou gradativamente desde os anos 2000, indicando menor vulnerabilidade ao calor graças ao progresso socioeconômico e a medidas de saúde pública.

Sugestões para Enfrentar o Calor

  • Evitar a exposição ao sol nos dias mais quentes.
  • Buscar sombras ao sair de casa.
  • Beber muita água e evitar bebidas alcoólicas.
  • Dedicar atenção especial aos idosos, que podem não perceber a necessidade de hidratação.

Santi Di Pietro, professor assistente de Medicina Emergencial na Universidade de Pavia, ressalta a importância de enfrentar as ondas de calor em todos os níveis, desde ações individuais até políticas públicas. “Beber água é fundamental para evitar a desidratação,” afirmou.

Aquecimento global: uma questão de saúde pública

Além das adaptações já mencionadas, Gallo enfatiza que ainda é necessário fazer mais para mitigar o aumento das temperaturas. “As mudanças climáticas precisam ser encaradas como uma questão de saúde pública,” alertou a cientista. O estudo destaca que, embora algumas regiões da Europa estejam se adaptando melhor ao calor, a taxa de mortalidade ainda é elevada, e medidas contínuas de adaptação e mitigação são essenciais.

A pesquisa também alerta para o fato de que a Europa está se aquecendo duas vezes mais rápido que a média global, o que traz implicações significativas para a saúde pública. Di Pietro e Gallo concordam que a sociedade precisa estar preparada para enfrentar os desafios contínuos e futuros das mudanças climáticas.

A importância da conscientização e da implementação de estratégias eficazes para combater o calor extremo não pode ser subestimada. É essencial que políticas de saúde pública sejam fortalecidas e que a população esteja bem informada para enfrentar os desafios do aquecimento global.

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