Tribunal russo condena bailarina a 12 anos de prisão por traição
Na semana passada, Ksenia Karelina se declarou culpada por doar 51 dólares a uma instituição de caridade que apoia a Ucrânia
Um tribunal russo condenou nesta quinta-feira, 15, a bailarina amadora e cidadã russa-americana Ksenia Karelina (foto) a 12 anos de prisão traição por doar 51 dólares a uma instituição de caridade que apoia a Ucrânia.
Na semana passada, Karelina se declarou culpada em julgamento realizado a portas fechadas na cidade de Yekaterinburg.
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) acusou a bailarina de arrecadar dinheiro para Razom for Ukraine, instituição de caridade sediada em Nova York que fornece ajuda humanitária a crianças e idosos na Ucrânia.
O governo russo, no entanto, acusa a entidade de fornecer armas ao exército ucraniano.
A instituição de caridade nega que forneça qualquer apoio militar a Kiev.
A prisão de Ksenia Karelina
Nascida na Rússia, Ksenia Karelina foi para os Estados Unidos em 2012, por meio de um programa de trabalho e estudo, e recebeu cidadania americana em 2021.
Ela foi presa pelo serviço de segurança FSB no início do ano após voltar para a Rússia para visitar sua família.
Assim que chegou à Rússia com seu passaporte americano, Karelina foi interrogada e teve seu passaporte apreendido.
Foi por meio do aparelho que o FSB descobriu a doação da bailarina à instituição de caridade sediada em Nova York, em 2022.
Troca de prisioneiros
Karelina não foi incluída na grande troca de prisioneiros entre a Rússia e países do Ocidente, realizada em 1º de agosto, que libertou o repórter do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, e o ex-fuzileiro naval dos EUA, Paul Whelan.
A defesa de Karelina, no entanto, espera que ela seja incluída em uma próxima troca, informou a agência de notícias Reuters.
Confira a lista dos prisioneiros libertados em 1º de agosto:
Libertados pela Rússia:
- Jornalista Evan Gershkovich;
- Jornalista Alsu Kurmasheva;
- Jornalista Demuri Voronin;
- Opositor russo Vladimir Kara-Murza;
- Opositor russo e aliado de Alexei Navalny, Ilya Yashin;
- Oficial da Marinha Paul Whelan;
- Ativista Oleg Orlov;
- Ativista Alexandra Skochilenko;
- Ativista Andrei Pivovarov;
- Ativista Herman Moyzhes;
- Ex-aliada de Navalny, Ksenia Fadeeva;
- Ex-aliada de Navalny, Lilia Chanysheva;
- Ex-aliado de Navalny, Vadim Ostanin;
- Antigo paramédico que suplicou perdão a Lukashenko, Rico Krieger;
- Estudante detido e condenado por traição, Kevin Lik;
- Condenado por possuir droga, Patrick Schobel.
Libertados pelo Ocidente:
- Comandante e ex-membro dos serviços secretos russos, Vadim Krasikov;
- Casal esloveno que eram espiões russos — Artem Dultsev e Anna Dultseva;
- Espião que estava detido na Noruega, Mikhail Mikushin;
- Agente dos serviços secretos, Pavel Rubtsov;
- Hacker, Roman Seleznev;
- Hacker Vadim Konoshchenok;
- Empresário, Vladislav Klyushin.
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