Israel confirma envio de negociadores a Doha; Hamas se ausenta
Uma nova rodada de negociações por um acordo de cessar-fogo está marcada para acontecer na quinta-feira, 15, no Catar
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou nesta quarta-feira, 14, ter aprovado o envio de uma delegação a Doha, no Catar, para participar da nova rodada de negociações pela libertação dos reféns e por um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, marcada para começar na quinta, 15.
“O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aprovou a partida da delegação israelense para Doha amanhã, bem como uma procuração para conduzir as negociações”, informou o gabinete no X.
A declaração não diz quem foi escolhido para participar das negociações, mas, segundo a emissora de televisão Canal 12, David Barnea, chefe do Mossad, serviço secreto de inteligência de Israel, Ronen Bar, chefe do Shin Bet, serviço de segurança israelense, e o major-general da reserva Nitzan Alon, das Forças de Defesa de Israel, irão liderar a delegação.
As negociações serão medias por Estados Unidos, Catar e Egito.
Hamas fica de fora
O Hamas, por sua vez, indicou que não participará da nova rodada de negociações por um cessar-fogo em Gaza.
À agência de notícias Reuters, Sami Abu Zuhri, integrante da ala política do grupo terrorista, afirmou que “ir para novas negociações permite que a ocupação imponha novas condições e empregue o labirinto da negociação para conduzir mais massacres”.
“O Hamas está comprometido com a proposta apresentada a ele em 2 de julho, que se baseia na resolução do Conselho de Segurança da ONU e no discurso de Biden, e o movimento está preparado para iniciar imediatamente a discussão sobre um mecanismo para implementá-la”, acrescentou.
Citando três altos funcionários do governo iraniano, a Reuters afirmou que somente um acordo de cessar-fogo em Gaza poderia impedir o Irã de retaliar diretamente Israel pelo assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã.
EUA: trégua impediria início de uma guerra mais ampla
Amos Hochstein, enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, alertou nesta quarta, 14, que uma trégua no conflito entre Israel e Hamas ajudaria a impedir o início de uma guerra mais ampla.
“O acordo também ajudaria a possibilitar uma resolução diplomática aqui no Líbano, e isso evitaria o início de uma guerra mais ampla”, disse Hochstein em visita a Beirute, no Líbano.
“Temos que aproveitar esta janela para ação diplomática e soluções diplomáticas. Essa hora é agora”, acrescentou.
“Continuamos acreditando que uma resolução diplomática é possível porque acreditamos que ninguém realmente quer uma guerra em larga escala entre o Líbano e Israel”, completou.
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