Ministério da Previdência Social altera regras para aposentadoria especial Ministério da Previdência Social altera regras para aposentadoria especial
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Ministério da Previdência Social altera regras para aposentadoria especial

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 14.08.2024 10:45 comentários
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Ministério da Previdência Social altera regras para aposentadoria especial

Ministério da Previdência Social altera regras para aposentadoria especial e conversão de tempo.

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Ministério da Previdência Social altera regras para aposentadoria especial
INSS (Foto:Divulgação)

O Ministério da Previdência Social anunciou recentemente novas regras para a análise de documentos em pedidos de aposentadoria especial e conversão de tempo especial em comum.

A partir de agora, os peritos médicos devem atuar de forma conclusiva e não podem mais solicitar documentos adicionais.

Essa mudança, recomendada pela Auditoria-Geral do INSS, visa acelerar o processo, evitando que os segurados sejam solicitados a fornecer documentação complementar.

Essa exigência antes era feita quando o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) identificava a necessidade de mais informações para dar continuidade ao processo.

Mudanças na análise de documentos na aposentadoria especial

De acordo com a Previdência, os médicos peritos agora têm algumas opções específicas ao analisar os pedidos de aposentadoria especial:

  • Período integralmente enquadrado: quando há elementos suficientes para considerar o período como tempo especial.
  • Período integralmente não enquadrado: quando não há elementos suficientes.
  • Necessidade de fracionamento do período: quando houve alguma alteração em lei que permite ou não o enquadramento daquele tempo.
  • Inconsistência nas informações: que pode levar à negativa do pedido.

Como a nova regra afeta os segurados?

A mudança tem objetivos práticos, como reduzir a fila de espera para a concessão dos benefícios.

No entanto, especialistas acreditam que essa nova orientação pode causar um aumento nas ações judiciais contra o INSS.

Segundo Francisco Eduardo Cardoso Alves, vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), se um arquivo enviado pelo segurado estiver corrompido ou houver qualquer outra inconsistência, o pedido será negado, forçando o segurado a recomeçar o processo.

Aposentadoria especial e seus requisitos

A aposentaroria especial do INSS é destinada aos trabalhadores que exercem suas funções em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física.

Esse benefício é direcionado a trabalhadores com carteira assinada, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais filiados a cooperativas de trabalho ou produção.

Para ter direito à aposentadoria especial, é necessário comprovar a exposição a agentes nocivos de forma permanente.

Até a reforma da Previdência, ocorrida em 2019, a aposentadoria especial podia ser concedida após 15, 20 ou 25 anos de trabalho nessas condições, sem precisar cumprir uma idade mínima.

Qual a idade mínima para aposentadoria especial?

A reforma da Previdência trouxe mudanças significativas, incluindo a necessidade de uma idade mínima para quem ingressou no mercado de trabalho após novembro de 2019:

  • 15 anos de trabalho especial: 55 anos de idade
  • 20 anos de trabalho especial: 58 anos de idade
  • 25 anos de trabalho especial: 60 anos de idade

Entendendo a conversão de tempo especial em comum

Outro ponto importante é a conversão de tempo especial em comum.

Antes da reforma, era possível converter o tempo trabalhado em condições especiais para tempo comum, caso o trabalhador mudasse de função para uma atividade sem riscos.

Com a nova legislação, essa conversão é aplicável apenas para trabalhos realizados até 13 de novembro de 2019.

Tabela de Conversão

  • Risco baixo: Mulher – 1,2 | Homem – 1,4
  • Risco médio: Mulher – 1,5 | Homem – 1,75
  • Risco alto: Mulher – 2 | Homem – 2,33

Impactos e observações dos especialistas

Márcia Rejane Soares Campos, diretora do departamento de Perícia Médica Federal, enfatiza que a responsabilidade de conceder ou negar benefícios é do INSS e não dos peritos médicos.

A nova regra pretende melhorar o controle das subtarefas e assegurar que os processos sejam avaliados com precisão pelo órgão.

Especialistas indicam que a decisão pode aumentar a judicialização dos casos de aposentadoria especial.

A advogada Adriane Bramante, do Instituto Brasileiro do Direito Previdenciário (IBDP), afirma que a nova recomendação, apesar de ser positiva em tornar públicos os processos, pode levar a mais impedimentos e divergências nas análises.

Em resumo, a mudanças nas regras de análise de aposentadoria especial visam acelerar o processo, mas especialistas alertam para possíveis implicações negativas, como maior número de ações na Justiça e inconsistências nas avaliações dos períodos de trabalho.

É essencial que os segurados fiquem informados sobre essas novas regras e acompanhem atentamente seus processos para garantir que seus direitos sejam devidamente respeitados.

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