Rogério 157: Líder do Comando Vermelho é condenado a 64 anos
Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, condenado a 64 anos de prisão por triplo homicídio e associação ao tráfico.
O traficante Rogério Avelino da Silva, mais conhecido como Rogério 157, recebeu nesta terça-feira (13) uma sentença de 64 anos de prisão em regime fechado. Ele foi condenado por triplo homicídio e associação para o tráfico de drogas. Este julgamento marca um ponto crucial na luta contra o tráfico no Rio de Janeiro.
Apontado como um dos líderes do Comando Vermelho na comunidade da Rocinha, Rogério 157 foi responsabilizado pelas mortes de rivais na guerra do tráfico. O Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri da Capital do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro definiu a sentença sete anos após os crimes.
Rogério 157 e o Comando Vermelho
Rogério Avelino da Silva, popularmente chamado de Rogério 157, é uma figura notória no submundo do crime no Rio de Janeiro. Identificado como um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho na Rocinha, sua atuação teve impacto significativo na escalada da violência na região.
A juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, presidente do 1º Tribunal do Júri, afirmou que Rogério pode recorrer da sentença, mas deve continuar em prisão cautelar até o fim dos recursos. Ela enfatizou o risco à ordem pública que sua liberdade significaria.
O Que Levou à Condenação de Rogério 157?
Rogério 157 foi condenado pelo triplo homicídio dos traficantes rivais Ítalo de Jesus Campos (Perninha), Robson Silva Alves Porto e Wellington Cipriano da Silva Filho. A motivação para os crimes foi a ruptura com a facção Amigos dos Amigos (ADA) e a aliança com o Comando Vermelho.
Os homicídios ocorreram em agosto de 2017, quando Rogério e seu comparsa Fernando dos Santos Alves, conhecido como Fé do Escadão, emboscaram e mataram os três rivais. Este ato foi uma demonstração de poder e lealdade à nova facção.
Impacto na Comunidade da Rocinha
A guerra pelo controle do tráfico na Rocinha teve consequências devastadoras para a comunidade. A disputa entre Rogério 157 e Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, intensificou a violência na maior favela do Rio de Janeiro.
Rogério 157 foi transferido para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, para cortar seus laços com o crime organizado na Rocinha. Confiante em manter sua posição, sua rede de influência ainda representa uma ameaça.
Decisões Judiciais e Recursos
Em fevereiro, a quinta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido da defesa de Rogério 157 para transferi-lo de volta ao sistema prisional do Rio de Janeiro. Os ministros seguiram o voto do relator, Ribeiro Dantas, confirmando os riscos da volta de Rogério ao Rio.
A defesa argumentou sobre suposta motivação política por trás do recurso especial, mas não conseguiu apresentar provas convincentes. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) destacou o perigo que sua transferência poderia representar.
Consequências Futuras
Rogério 157 permanece em uma penitenciária federal de segurança máxima, longe da sua rede de influência no Rio de Janeiro. A condenação a 64 anos de prisão pode ser um marco na diminuição da violência associada ao tráfico de drogas na Rocinha e em outras comunidades.
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