Irã rejeita apelo de países ocidentais para não atacar Israel
Estados Unidos, França, Itália, Alemanha e Reino Unido pediram ao Irã para “renunciar às suas ameaças de ataque militar contra Israel”, e ouviram que “tal pedido carece de lógica política”
O presidente dos EUA, Joe Biden, e seus homólogos da França, Itália, Alemanha e Reino Unido apelaram na segunda-feira, 12 de agosto, ao Irã para “renunciar às suas ameaças de ataque militar contra Israel”.
Teerã respondeu que não iria pedir “permissão” para retaliar contra o seu inimigo jurado, a quem acusa de ter eliminado o líder do Hamas no seu território.
“Tal pedido carece de lógica política”, declarou nesta terça-feira, 13, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani.
Ameaças
O Irã e os seus aliados regionais no Líbano, Iraque e Iémen ameaçaram Israel com represálias armadas desde a eliminação, em 31 de julho, na capital iraniana, do líder do Hamas, e a eliminação, no dia anterior, de Fouad Chokr, o militar líder do Hezbollah libanês pró-iraniano, morto em um ataque israelense perto de Beirute.
“A República Islâmica está determinada a defender a sua soberania” e “não solicita permissão de ninguém para usar os seus direitos legítimos”, acrescentou Kanani.
A Casa Branca estimou que se ocorrer um ataque iraniano, “poderá certamente ter um impacto nas discussões” planejadas para quinta-feira, 15, sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
“Graves consequências”
Durante uma reunião na segunda-feira, 12, do presidente Joe Biden com os líderes da França, Alemanha, Itália e Grã-Bretanha, todos alertaram para as “graves consequências” de um ataque à segurança regional.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pediram um recuo do Irã nas ameaças à Israel, em conversas telefônicas com o presidente iraniano.
Segundo a agência oficial iraniana, Irna, o representante iraniano respondeu que “o Irã nunca cederá à pressão, às sanções e à coerção.”
República Islâmica do Irã
O Irã é uma teocracia que aplica a lei islâmica contra indivíduos sob acusações vagas. Lá não há direitos individuais, logo não há direitos humanos. No Irã é crime insultar o profeta, ter relações homossexuais, cometer adultério ou consumir álcool.
A repressão do regime é ainda mais brutal sobre as mulheres. O Irã retomou com intensidade a repressão às mulheres que não usam hijab em várias cidades, resultando em prisões violentas e ações agressivas por parte da “Polícia da Moralidade.”
Esta força, conhecida localmente como “Gašt-e Eršâd” em persa, é encarregada de garantir a observância das leis islâmicas, incluindo o cumprimento do código de vestimenta que exige que mulheres usem hijab, um véu que cobre o cabelo e o pescoço.
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