Rússia promete “resposta dura” a ataques ucranianos em Kursk
A região russa de Kursk, vizinha de Lipetsk, faz fronteira com a Ucrânia e entrou em estado de emergência
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou neste domingo, 11 de agosto, que a resposta russa à incursão ucraniana na região de Kursk será “dura” e “imediata”.
“Condenamos firmemente esses bárbaros atos terroristas destinados a destruir a infraestrutura civil, matar e intimidar civis”, disse a porta-voz ao comentar o bombardeio noturno na região russa.
Zakharova afirmou ainda que os “organizadores e autores dos crimes” terão de prestar contas: “A dura resposta das Forças Armadas russas não se fará esperar”, acrescentou.
Na noite de sábado, 10 de agosto, pelo menos 14 drones e quatro mísseis Tochka-U foram derrubados na região russa de Kursk. Segundo o Ministério da Defesa russo, outros 16 drones foram derrubados nas regiões de Belgorod, Briansk, Voronezh e Oriol.
A região de Kursk, vizinha de Lipetsk, faz fronteira com a Ucrânia e entrou em estado de emergência.
A operação surpresa das forças ucranianas, apesar de limitada e de ter um escopo bem menor que a operação russa, é marcada por incertezas — não se sabe muitos detalhes, uma vez que a mídia estatal ligada a Vladimir Putin é a única com real alcance de cobrir os eventos no país.
Vídeos compartilhados nas redes sociais neste fim de semana parecem mostrar soldados ucranianos removendo bandeiras russas em Kursk e as substituindo por bandeiras da Ucrânia.
Na sexta, o governo de Vladimir Putin anunciou o envio de mais tropas para conter a incursão. O ditador russo classificou a ofensiva como uma “provocação em grande escala” por parte da Ucrânia.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se manifestou pela primeira vez sobre a incursão de tropas ligadas a Kiev em território russo.
Em mensagem de vídeo compartilhada no X, Zelensky disse que o exército de seu país prepara novas medidas para “limitar ainda mais o estado russo”.
“A Ucrânia está demonstrando que sabe como restabelecer a justiça e aplicar a pressão necessária sobre o agressor”, escreveu o presidente ucraniano, acrescentando: “Estamos preparando novas medidas para limitar ainda mais o estado russo”.
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