Greve do INSS: entenda as negociações após reunião do Governo
Greve do INSS continua sem avanços após reunião com Governo.
A reunião de negociações entre o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e servidores, realizada na última sexta-feira (9), terminou sem avanços significativos.
A greve, que já dura quase três meses, segue sem perspectiva de resolução imediata.
No encontro, o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) propôs uma reestruturação das carreiras do Instituto.
Porém, os servidores têm até o dia 16 para apresentar sua resposta.
Sem consenso, a paralisação afeta diversas atividades e atendimentos do órgão.
Negociações do INSS: o que foi proposto?
Entre os pontos abordados na reunião, destacou-se o reajuste salarial de 33% até 2026.
Além disso, foi solicitada a valorização da carreira de técnico do Seguro Social pelos grevistas.
O MGI, por sua vez, garantiu que o ganho acumulado de 2023 a 2026 seria de:
- 28,3% para os níveis superior e intermediário
- 24,8% para o nível auxiliar
O prazo final para fechar um acordo foi estipulado para a próxima sexta-feira, dia 16 de fevereiro de 2024.
Qual o impacto da greve do INSS na população?
Desde o início da paralisação em 10 de julho de 2024, o INSS tem enfrentado sérios desafios.
Atendimentos presenciais, análises de requerimentos e outras atividades estão sendo diretamente impactados.
De acordo com os sindicatos, o órgão recebe cerca de 1 milhão de pedidos de benefício mensalmente.
Atualmente, o INSS conta com quase 19 mil servidores em todo o país.
Destes, 15 mil são técnicos responsáveis por praticamente todos os serviços, e 4 mil são analistas.
A continuidade da greve tende a agravar ainda mais a situação, especialmente em serviços essenciais como aposentadorias, pensões e o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Por que os servidores rejeitaram a proposta do governo?
A diretora da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), Thaize Antunes, expressou descontentamento com a proposta apresentada pelo governo.
Segundo ela, “o governo apresenta uma alteração na tabela, mas sem impacto financeiro. No final, acaba sendo menor do que apresentada na mesa anterior”.
O sentimento de insatisfação é compartilhado por vários servidores.
A greve deve continuar e, segundo Antunes, tende a crescer.
“O governo nos deu um ultimato, dizendo que até a semana que vem temos prazo para responder, ou ele retira a proposta. Nós já avisamos que essa proposta será rechaçada imediatamente pela categoria,” afirmou.
Qual o futuro das negociações?
Com o prazo final para um possível acordo se aproximando rapidamente, a incerteza permeia o futuro das negociações entre o INSS e o MGI.
Caso um consenso não seja alcançado até o dia 16 de fevereiro de 2024, a greve pode se intensificar ainda mais, impactando um número crescente de cidadãos que dependem dos serviços fornecidos pelo INSS.
Ademais, mais de 400 agências do INSS em 23 estados e no Distrito Federal estão fechadas ou funcionando parcialmente.
Esta situação só contribui para a crescente frustração tanto dos servidores quanto do público em geral.
Acompanhe esta matéria para mais atualizações sobre a greve do INSS e suas implicações futuras.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)