Mãe e madrasta espancam criança e são condenadas a 15 anos
Caso de violência infantil que resultou na condenação de mãe e madrasta em Morrinhos, Goiás. Criança de 4 anos foi submetida a queimaduras e maus-tratos.
Em Morrinhos, no sul de Goiás, um caso chocante de violência infantil resultou na condenação da mãe e da madrasta de uma criança de 4 anos. Ambas foram sentenciadas a mais de 15 anos de prisão por crimes que incluem tentativa de homicídio e tortura. O Ministério Público de Goiás (MPGO) trouxe à tona detalhes perturbadores sobre o caso.
As investigações revelaram que a criança era submetida a torturas quando chorava de fome, apresentando ferimentos graves, alguns deles causados por queimaduras. A notícia trouxe comoção e indignação na comunidade local e em todo o Estado de Goiás.
Mãe e Madrasta Condenadas
De acordo com o MPGO, a mãe da criança foi condenada a 17 anos e 4 meses de prisão. Sua sentença incluiu acusações de tentativa de homicídio por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de omissão e tortura. A madrasta, por sua vez, foi condenada a 15 anos e 4 meses de prisão pelos mesmos crimes, exceto por omissão.
O MPGO não forneceu novas informações sobre a situação atual da criança e se ela foi acolhida por algum familiar.
Como as Prisões Ocorreram?
Segundo a polícia, as mulheres foram presas em 28 de março de 2023. A prisão ocorreu após a mãe denunciar a companheira na delegacia, alegando que esta havia agredido a criança. No entanto, ao avançar a investigação, a polícia descobriu que a mãe também participou dos maus-tratos, resultando na sua prisão imediata.
Quais as Condições da Criança?
O delegado Fernando Gontijo detalhou na época que a situação da criança era extremamente grave: “A criança está toda destruída, precisamos correr com ela para o hospital de Morrinhos. Devido à gravidade, ela foi transferida para Goiânia. No relatório médico preliminar, ela tinha até queimaduras”. O vídeo dos ferimentos revelou a extensão da violência que a menina havia sofrido.
Investigação e Indiciamento
O MP afirmou que a mãe recebeu a guarda da menina em janeiro de 2023, momento em que as agressões começaram. Tanto a mãe quanto a companheira eram usuárias de drogas e se incomodavam com os choros de fome da criança. Elas escondiam a menina da família até que um tio conseguiu ver sua situação e denunciou o caso.
Na época da denúncia, a criança já estava morando com as agressoras há apenas dois meses. Antes disso, ela viveu com uma amiga da mãe, que chegou a pedir a adoção da menina meses antes de ela ser espancada. “Não houve testemunha ocular, pois as agressões ocorreram dentro de casa. A mãe disse que a companheira agredia a criança, e a companheira disse que era a mãe; uma joga a culpa na outra”, explicou o delegado.
Este caso de Morrinhos exemplifica a necessidade urgente de mais atenção e proteção às crianças em situações vulneráveis. As agências responsáveis devem garantir que os culpados sejam devidamente punidos e que a vítima receba o apoio necessário para sua recuperação e bem-estar futuro.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)