Manizha Talash é desqualificada das Olimpíadas após protesto
A desqualificação de Manizha Talash pelas Olimpíadas de 2024 em Paris e seu protesto em apoio às mulheres afegãs.
A jovem atleta Manizha Talash, uma das principais representantes da Equipe Olímpica de Refugiados, foi desqualificada da competição de breaking B-Girl nesta sexta-feira (10) após usar uma capa com as palavras “Mulheres Afegãs Livres”. Talash, de 21 anos, fugiu do Afeganistão quando o Talibã assumiu o controle em 2021 e atualmente reside na Espanha.
Durante a batalha pré-qualificatória, Talash fez um protesto silencioso ao revelar uma capa azul-bebê com um poderoso slogan pedindo a emancipação das mulheres afegãs. A World DanceSport Federation rapidamente emitiu uma declaração, informando que a atleta foi desqualificada por exibir um slogan político durante a competição.
Desqualificação de Manizha Talash: Impacto e Repercussões
O gesto de Manizha Talash gerou debates ao redor do mundo. A desqualificação não só destacou a determinação de Talash em apoiar os direitos das mulheres afegãs, mas também levantou questões sobre as regras que proíbem declarações políticas nas Olimpíadas. A World DanceSport Federation atualizou os resultados da competição para refletir a desqualificação.
Apesar da desqualificação, Talash continuou a expressar sua missão para com as meninas do Afeganistão. “Saí porque quero fazer o que puder pelas meninas no Afeganistão, pela minha vida, meu futuro, por todos,” afirmou a B-girl.
Por Que Manizha Talash foi Desqualificada nas Olimpíadas?
A Federação Internacional de Dança Esportiva, responsável pela organização do breaking nos Jogos Olímpicos, segue rigorosamente as diretrizes do Comitê Olímpico Internacional que proíbem qualquer forma de propaganda política durante as competições. Talash foi desqualificada justamente por desrespeitar essa regra.
No entanto, o gesto de Talash foi elogiado por muitos, que viram em sua atitude um ato de bravura e um chamado urgente para a mudança.
Breaking nas Olimpíadas: Uma Nova Era para o Esporte
O breaking, que floresceu nas ruas de Nova York nos anos 1970, fez sua estreia nas Olimpíadas de Paris. Pela primeira vez, B-boys e B-girls tiveram a oportunidade de mostrar seus movimentos em um palco global. Talash foi uma das 37 competidoras da Equipe Olímpica de Refugiados, honrando o espírito de perseverança e superação.
O gesto de Talash talvez tenha causado polêmica, mas também trouxe atenção ao propósito do breaking como expressão cultural e política, seguindo as raízes do hip hop. Conforme disse a escritora Nadira Goffe: “Isso é breaking. Isso é cultura hip hop”.
O futuro do breaking nas Olimpíadas parece promissor, e espera-se que o esporte continue a ser um veículo de voz e mudança para os jovens de todo o mundo.
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