Voepass confirma mais uma morte na queda de avião em Vinhedo
O nome do representante comercial Constantino Thé Maia não constava na lista de passageiros embarcados
A companhia aérea Voepass confirmou na manhã deste sábado, 10 de agosto, a 62ª morte na queda de avião em Vinhedo. O nome do representante comercial Constantino Thé Maia não constava na lista de passageiros embarcados.
“Em respeito à identidade do passageiro e de sua família, a VOEPASS decidiu confirmar a informação de que Constantino estava a bordo do voo 2283 somente quando não houvesse dúvidas”, diz a nota da companhia aérea.
Constantino tinha 50 anos e era representante comercial de várias empresas do ramo de construção civil. Ele era de Natal, capital do Rio Grande do Norte.
Com a confirmação da morte do representante comercial, sobe para 62 o número de vítimas fatais.
O turboélice ATR 72-500, de matrícula PS-VPB, fazia o voo 2Z-2283 de Cascavel (PR) para o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Os 58 passageiros e os 4 tripulantes a bordo morreram. Esse é o maior desastre aéreo do país em número de vítimas desde 2007.
Segundo os investigadores, as informações iniciais indicam que a aeronave estava em condições de operar, e a tripulação estava com o treinamento em dia e apta para o trabalho.
As causas da queda ainda estão sendo investigadas. Ivan Sant’Anna, colunista de Crusoé e analista de aviação, avalia que pode ter havido congelamento dos comandos, levando o avião a fazer o que os especialistas chamam de “parafuso chato”.
Na noite desta sexta, equipes de resgate continuavam trabalhando, sob chuva, para resgatar os corpos dos passageiros mortos e identificá-los.Confira aqui a lista dos passageiros e tripulantes do voo, divulgada pela Voepass. Segundo a companhia, a grande maioria dos passageiros era de Cascavel e da capital paulista.
Avião era sensível a gelo, diz Voepass
O CEO da companhia aérea Voepass, Eduardo Busch, e o diretor de operações da empresa, Marcel Moura, deram uma entrevista coletiva na sexta-feira, 9 de agosto, em Ribeirão Preto (SP) sobre o acidente que matou 62 pessoas em Vinhedo, no interior paulista, nesta tarde.
Na coletiva, Busch confirmou que o modelo da aeronave era sensível a eventuais formações de gelo nas suas asas e na fuselagem.
“Situações climáticas como a de sexta-feira, em que houve a aproximação de uma frente fria, facilitam a formação de gelo”, declarou o CEO.O diretor de operações, por sua vez, não quis falar sobre as causas do acidente. “Neste momento, há muitas informações desencontradas, e qualquer declaração só alimentaria a especulação”, disse Marcel Moura.
Segundo ele, a aeronave havia passado por uma manutenção de rotina nas oficinas da Voepass em Ribeirão Preto, sede da empresa, e estava “100% operacional”.
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