“Que ela se entregue à Justiça”, diz Maduro sobre María Corina Machado
Ditador da Venezuela chama a opositora de “foragida da Justiça” e descarta qualquer negociação
O ditador Nicolás Maduro (foto) descartou na sexta-feira, 9 de agosto, qualquer negociação com a líder opositora María Corina Machado e pediu que ela se entregue à Justiça venezuelana.
“O único que tem que negociar neste país com [María Corina] Machado é o procurador-geral. Que ela se entregue à Justiça, encare os fatos e responda pelos crimes que cometeu. De verdade, essa é a única negociação que cabe aqui”, disse Maduro em uma coletiva no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
Maduro também chamou a opositora de “foragida da Justiça”.
O Conselho Eleitoral Nacional (CNE) da Venezuela, que declarou vitória de Maduro, não apresentou as atas eleitorais passadas mais de duas semanas do pleito. O CNE é controlado pelo chavismo.
Como mostramos, María Corina Machado se dispôs a entregar ao governo brasileiro as atas de apuração própria das eleições presidenciais venezuelanas de 28 de julho.
“Podemos entregar as atas eleitorais ao governo do Brasil, e a qualquer outro governo do mundo que quiser constatar a validez do que temos”, disse María Corina em entrevista a O Globo.
Apuração da base de María Corina e González aponta vitória do candidato opositor com 67% dos votos.
Ainda em 29 de julho, dia seguinte à eleição, a líder da oposição já havia declarado vitória de seu candidato.
“Claro que existe medo”, diz María Corina
Em entrevista ao Globo, María Corina comentou o clima de tensão no país: “Claro que existe medo, não seria racional não ter medo”.
Ela ainda voltou a falar da relevância do apoio internacional à defesa da democracia na Venezuela.
“O importante é que, com a consciência de ser a maioria que somos, encontramos maneiras de superar o medo. É muito importante que a comunidade internacional tenha uma posição firme, que nos mostre que não estamos sozinhos”, disse.“Importante todas as vozes independentes, com credibilidade, que querem evitar uma escalada de um conflito violento da Venezuela, possam se envolver e contribuir para que a verdade prevaleça. E vai prevalecer”, acrescentou.
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