Depois que o grupo terrorista libanês, Hezbollah, ameaçou atacar Israel, recebeu o alerta de que ele pagará um preço “desproporcional” se ferir civis israelenses.

Autoridades israelenses e norte-americanas disseram esperar que o Hezbollah e o Irã ataquem Israel nos próximos dias, em retaliação pelas mortes dos líderes do Hamas e do Hezbollah, mas não têm certeza sobre o momento e o alcance dos ataques.

Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, prometeu na terça-feira, 6 de agosto, que o grupo militante libanês contra-atacaria Israel com uma resposta “forte”. “O que é necessário é o confronto”, disse Nasrallah, acrescentando: “Quaisquer que sejam as consequências”.

Pouco antes do discurso de Nasrallah, um editorial do jornal libanês Al-Akhbar sugeriu que o Hezbollah provavelmente visaria Tel Aviv no seu ataque.

Prontidão máxima

O chefe militar de Israel disse que o país está em “prontidão máxima”, tanto defensiva quanto ofensivamente

Os líderes governamentais e militares estão visitando tropas em bases ao redor de Israel esta semana, prometendo prontidão militar, à medida que unidades de busca e salvamento são enviadas para Haifa, Eilat e outras cidades israelenses.

À medida que aumentam os receios de uma escalada na região, os israelenses preparam-se para ataques em múltiplas frentes, com a expectativa de que o Irã e os seus representantes retaliarão após a eliminação, na semana passada, de um comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, e do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh.

Israel reconheceu ter eliminado Shukr nos subúrbios ao sul de Beirute, mas não Haniyeh, que foi morto em Teerã. Os líderes do Irã e do Hezbollah prometeram responder.

Na quarta-feira, 7 de agosto, Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior militar, expressou prontidão, dizendo aos soldados após uma avaliação da Base Aérea de Tel-Nof, perto de Rehovoth: “Vejo o máximo de prontidão, tanto no ataque como na defesa”.

“Saberemos como realizar uma ofensiva muito rápida em qualquer lugar do Líbano, em qualquer lugar de Gaza, em qualquer lugar do Médio Oriente, acima e abaixo do solo”, acrescentou.

No mesmo dia, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu visitou tropas numa base perto de Tel Aviv, dando as boas-vindas aos novos recrutas, de acordo com um vídeo publicado nas redes sociais. Dirigindo-se amplamente aos cidadãos israelitas, ele instou-os a permanecerem calmos, frios e vigilantes. Ele disse que Israel “cobraria um alto preço por qualquer ato de agressão”.

Haifa, Tel Aviv e outras grandes cidades assistiram a um influxo de batalhões de salvamento, enviados pelo Comando da Frente Interna Israelense, em preparação para quaisquer ataques a centros civis.