Irã reconsidera atacar Israel, diz portal
Washington está pressionando Irã nos bastidores, segundo matéria do portal Politico.com.
O governo dos Estados Unidos, através de canais diplomáticos, está trabalhando para que seus aliados no Oriente Médio convençam o Irã a reconsiderar um ataque militar contra Israel.
Autoridades norte-americanas alertaram Teerã de que um grande ataque só aumentaria as tensões e arriscaria uma confrontação direta entre os dois países, disseram dois oficiais de alto escalão dos EUA ao portal Politico.com.
Esses esforços diplomáticos ganharam força especialmente após a morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, causada por uma bomba de controle remoto sua passagem por Teerã. Inicialmente, o Irã negou a possibilidade de uma operação israelense de grandes proporções, mas agora parece inclinado a adotar a visão dos EUA de que a explosão era uma ação pontual e não fazia parte de uma declaração de guerra.
Ainda segundo a matéria do portal Politico.com, os EUA enviaram mensagens a Teerã através de intermediários, sugerindo que, se a explosão que matou Haniyeh fosse realmente uma operação encoberta de Israel e não houvesse vítimas iranianas, o Irã deveria reavaliar seus planos de ataque militar contra Israel. Embora ainda se espere uma resposta iraniana, autoridades dos EUA não acreditam que um ataque seja iminente.
Questionado sobre a possível mudança de postura do Irã, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, afirmou que a administração Biden não comentaria avaliações de inteligência específicas, mas reforçou que os EUA “não querem ver uma escalada” e que estão prontos para defender Israel e a si próprios, se necessário.
Na semana passada, os EUA receberam indicações de que o Irã poderia tentar um ataque contra Israel no fim de semana, o que levou o envio de aviões de combate e navios para a região, em uma demonstração de dissuasão.
Paralelamente, os EUA continuam a trabalhar para intermediar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. No mês passado, autoridades afirmaram que estavam mais perto do que nunca de finalizar o pacto, mas as conversas desaceleraram nas últimas semanas após a visita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a Washington e seu discurso ao Congresso em 24 de julho.
Representantes dos EUA, incluindo o diretor da CIA, Bill Burns, e oficiais de Israel, Catar e Egito se reuniram na semana passada para tentar resolver os desacordos entre Israel e Hamas. Embora nenhuma decisão tenha sido finalizada, agora acredita-se que Netanyahu esteja mais motivado a avançar nas negociações, uma mudança que os oficiais atribuem à pressão da segurança israelense para encerrar a guerra em Gaza e trazer os reféns de volta para casa.
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