Justiça Eleitoral do DF concede liberdade ao ex-presidente do Solidariedade
Eurípedes Júnior é acusado de liderar um esquema de desvio de recursos eleitorais
A Justiça Eleitoral do Distrito Federal concedeu liberdade provisória ao presidente licenciado do Solidariedade, Eurípedes Júnior. Acusado de liderar um esquema de desvio de recursos eleitorais, ele terá que cumprir medidas cautelares, como usar tornozeleira eletrônica e não ter contatos com investigados.
Em junho, Eurípedes Júnior foi o principal alvo da Operação Fundo do Poço, que investiga um desvio de mais de R$ 36 milhões dos fundos partidário e eleitoral do antigo PROS – incorporado ao Solidariedade em 2023.
De acordo com as investigações, o então presidente do partido era o chefe do esquema que usava candidaturas laranjas e uma fundação do Solidariedade para desviar recursos entre 2022 e 2023. Ainda segundo a Polícia Federal (PF), o grupo usava empresas de fachada para lavar o dinheiro através da compra de imóveis e do superfaturamento de serviços de consultoria jurídica prestados ao próprio partido.
No pedido de soltura, a defesa alegou que não há provas de que ele cometeu os crimes apontados na denúncia do Ministério Público Eleitoral. Os advogados afirmavam que não havia motivos para ele seguir preso já que não tem como interferir nas investigações, uma vez que está licenciado do Solidariedade, renunciou à presidência nacional e se desfiliou da sigla.
“Praticamente todas as acusações feitas pelo MP foram aterradas na defesa apresentada recentemente, de modo que a soltura era a única medida aguardada”, afirmaram, em nota, os advogados Fábio Tofic Simantob e José Eduardo Cardozo.
Eurípedes Júnior responde pelos crimes de organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e peculato eleitoral.
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