Venezuela: 24 mortos em manifestações pró-democracia, diz Human Rights Watch
"Isso incluiria 23 manifestantes ou espectadores e um membro da Guarda Nacional", afirmou a diretora da Divisão das Américas da ONG
A diretora da Divisão das Américas da Human Rights Watch, Juanita Goebertus, afirmou nesta terça-feira, 6, que a ONG recebeu “relatos confiáveis” sobre 24 mortes ocorridas em manifestações pró-democracia na Venezuela.
“Até o momento, recebemos relatos confiáveis indicando que até agora 24 pessoas morreram em manifestações pós-eleitorais na Venezuela. Isso incluiria 23 manifestantes ou espectadores e um membro da Guarda Nacional. Estamos trabalhando para corroborar cada caso relatado”, escreveu Juanita Goebertus no X.
Mais de 2 mil presos na Venezuela
No final de semana, o ditador Nicolás Maduro disse que mais de 2 mil pessoas já foram presas nos protestos contra a farsa eleitoral montada pelo regime chavista na Venezuela e que elas receberão a “punição máxima”.
Ele afirmou ainda que não haverá perdão, “desta vez o que haverá é o Tocorón”, em referência ao presídio venezuelano.
Maduro acusou a oposição de ter contratado supostos grupos da “nova geração” e disse que manifestantes foram treinados no exterior.
“Foi comprovado que 80% dos quase 2 mil capturados participaram de atos de vandalismo. Eles os treinaram nos Estados Unidos, Peru e Chile.”
O ditador afirmou ainda que a “direita” lançou uma emboscada preparada há 11 meses.
“Querem dizer ao mundo que houve uma insurreição, queriam também intimidar as pessoas comuns, para que não saíssem para defender o seu direito à paz.”
“Essa é a verdade. Quando não participam nas eleições, apelam à sabotagem e à conspiração. Já vimos esse filme e sabemos o final do filme: os mocinhos vencem. Vamos vencer com mais força. Esta é a terceira temporada, a extrema-direita foi derrotada.”
Comunidade internacional reconhece a vitória de Edmundo González
O isolamento da Venezuela se intensificou com o reconhecimento da vitória do opositor Edmundo González por países como Estados Unidos, Peru, Argentina, Uruguai, Equador e Costa Rica. Todos esses países rejeitaram o resultado anunciado pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela, que declarou Maduro vencedor com 51% dos votos contra 44% de González.
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