Criptomoedas em queda livre
A recente queda das criptomoedas reflete temores de uma recessão iminente nos EUA.
As criptomoedas, incluindo bitcoin e ether, enfrentaram uma queda acentuada nesta segunda-feira, 5. As preocupações com uma possível recessão nos Estados Unidos dominaram os mercados financeiros, resultando em uma saída generalizada de ativos de risco.
O bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, registrou uma queda de 12%, alcançando US$ 52.054, marcando sua maior perda diária desde novembro de 2022. O ether também despencou, caindo 21% e atingindo seu nível mais baixo desde janeiro.
Impacto das Quedas das Criptomoedas nas Ações Relacionadas
Além das criptomoedas em si, as ações de empresas ligadas ao setor também sofreram quedas significativas. As mineradoras CleanSpark (CLSK.O), Bitfarms (BITF.O), Riot Platforms (RIOT.O) e Marathon Digital (MARA.O) registraram perdas entre 12% e 18% antes da abertura dos mercados estadunidenses na segunda-feira.
Adicionalmente, as ações da Coinbase (COIN.O) caíram 10%, enquanto a MicroStrategy (MSTR.O), uma compradora significativa de bitcoin, caiu quase 15%. Esta onda de vendas destaca o impacto das preocupações econômicas globais nas criptomoedas e nas empresas relacionadas.
Quais as Consequências Globais da Queda no Valor das Criptomoedas?
As quedas nas criptomoedas também tiveram reflexos nas bolsas de valores ao redor do mundo. No Japão, o mercado registrou seu pior desempenho em 37 anos, caindo mais de 12%. Na Europa, as principais bolsas, como Paris e Frankfurt, além do índice pan-europeu, caíram mais de 2%.
Este cenário de vendas e quedas não se restringe apenas ao universo das criptomoedas. Investidores temem que os EUA possam entrar em recessão, um medo exacerbado pelos últimos dados do “payroll” (folha de pagamento), que mostraram a criação de apenas 114 mil vagas em janeiro, bem abaixo da expectativa de 175 mil.
Qual é o Contexto Econômico por Trás das Quedas Recorrentes?
O temor de uma recessão nos Estados Unidos resultou na elevação da taxa de desemprego para 4,3% em janeiro. Isso contrasta com a expectativa de manutenção da taxa em 4,1%, sinalizando dificuldades econômicas mais amplas que as inicialmente previstas pelos agentes financeiros.
Além disso, a recente volatilidade das criptomoedas contrasta fortemente com o otimismo que se instalou apenas alguns dias após comentários favoráveis de Donald Trump, candidato republicano à presidência dos EUA. Suas falas impulsionaram o bitcoin acima da marca de US$ 70 mil pela primeira vez em mais de um mês.
O Papel das Aprovações do SEC no Mercado de Criptomoedas
Os mercados de criptomoedas tiveram um impulso no início deste ano após a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) aprovar fundos negociados em bolsa para rastrear os preços do bitcoin e ether. No entanto, mesmo essas aprovações não foram suficientes para evitar a recente queda dramática.
Desde que atingiu sua máxima histórica em março, o bitcoin perdeu mais de um terço de seu valor. Tony Sycamore, analista de mercado da IG, destacou que “é um grande lembrete de que o bitcoin e as criptomoedas, em geral, são ativos de risco e estão no ponto mais arriscado do espectro de risco.”
Perspectivas para o Futuro das Criptomoedas
- O bitcoin está testando o suporte do canal de tendência entre US$ 53.000 e US$ 54.000.
- Se o suporte não se mantiver, pode haver uma nova capitulação em direção a US$ 48.000.
- A volatilidade permanece alta, refletindo as incertezas econômicas globais.
Em conclusão, o mercado de criptomoedas é suscetível a fatores econômicos globais e permanece um investimento arriscado. Investidores devem estar cientes dos riscos associados e monitorar de perto as tendências econômicas que podem influenciar esses ativos.
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