Circuit Breaker: investidores em pânico na Ásia
Bolsas do Japão e Coréia do Sul acionam mecanismo que interrompe negociações em função de queda muito brusca nos preços
A queda nos mercados acionários asiáticos entrou em modo de desespero na primeira semana da sessão. A bolsa japonesa Topix entrou no terceiro dia consecutivo de queda e, após, o principal índice, o Nikkei 225 ceder mais de 5% por volta das 22h (horário de Brasília) acionou o chamado circuit breaker – que interrompe as negociações por um tempo.
Na volta, o indicador retomou a queda e chegou a bater -7%. Às 23h15, foi a vez da bolsa sul-coreana interromper os trabalho, após o Kospi 2000 recuar mais de 5%.
Às 23h25, o índice Nikkei 225 negociava com recuo de 5,50%, aos 33.934 pontos, e o Kospi 2000 estava próximo a 4,70% de queda, aos 2.550 pontos.
Desde a máxima, em julho, o indicador japones chegou a recua quase 20%. As perdas dos últimos três dias ultrapassaram 12% e são as piores desde o tsunami de 2011 e do desastre nuclear de Fukushima.
Ativos americanos também são impactados, com os futuros do S&P 500 no vermelho em 1,22%, e os da bolsa tecnologica Nasdaq em mais de 2%.
O iene japonês chegou a avançar 1,20% frente ao dólar americano. O movimento deve acelerar ainda mais a aversão a risco recente e desmontagem das posições de carry trade com base na moeda japonesa.
Nessas operações, os investidores tomam ativos em locais com juros baixos (no caso, o Japão) para rentabilizar em outros com juros mais altos, como o Brasil. A mudança de cenário, com a valorização da moeda japonesa força o desmonte da posição para evitar perdas grandes.
A mudança de cenário dessa estratégia tem sido apontada como um dos principais motivos para a depreciação do câmbio no Brasil. Nos últimos dias, o dólar chegou a valer 5,79 reais na máxima durante o dia.
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