Edmundo González agradece a papa Francisco por orações
Neste domingo, o pontífice se manifestou sobre a crise na Venezuela e apelou por moderação
O candidato presidencial da oposição venezuelana, Edmundo González (foto), agradeceu neste domingo, 4 de agosto, ao papa Francisco por suas orações “pela paz e pela verdade” na Venezuela. Mais cedo, o pontífice se manifestou sobre a crise no país e apelou por moderação.
“Agradecemos ao Santo Padre Francisco pelas suas orações pela paz e pela verdade da nossa Venezuela. Todos queremos o bem-estar dos venezuelanos e avançar para um país digno de compreensão e onde a paz prevaleça”, escreveu Edmundo González nas redes sociais.
Após a oração dominical do Angelus a uma multidão reunida na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco afirmou:
“Faço um apelo sentido a todas as partes para que busquem a verdade, ajam com moderação, evitem qualquer tipo de violência, resolvam as controvérsias por meio do diálogo e tenham no coração o verdadeiro bem da população e não os interesses partidários.”
As autoridades eleitorais venezuelanas, submissas ao chavismo, declararam a reeleição de Nicolás Maduro por mais cinco anos com 51% dos votos. Apuração própria da oposição aponta vitória de seu candidato, Edmundo González, por pouco menos de 70% dos votos.
Pelo menos oito países reconheceram o candidato da oposição Edmundo González como o vencedor das eleições presidenciais na Venezuela.
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Como mostrou a revista Crusoé, a ditadura de Nicolás Maduro ampliou a caçada humana a opositores e defensores de direitos humanos no sábado.
O método utilizado é o “tun tun”, que remete ao barulho de uma mão batendo na porta — como o “tok tok”, em português. O termo foi criado pelo número dois do chavismo, Diosdado Cabello, em 2014.
O “tun tun” ocorre quando oficiais do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) e da Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM) batem nas portas das pessoas procuradas sem nenhum mandado ou acusação.
O defensor de direitos humanos Yendri Velásquez foi preso neste sábado quando estava no aeroporto de Maiquetía, perto de Caracas. Velásquez é um conhecido ativista dos direitos humanos da comunidade LGBT e é diretor do Observatório Venezuelano da Violência LGBTIQ+.
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