Olimpíadas: Mayra Aguiar desabafa pós eliminação
A judoca brasileira Mayra Aguiar enfrenta desafios nas Olímpíadas de 2024 em Paris. Lesões e dores constantes marcaram seu ciclo olímpico.
Em 1º de agosto de 2024, Mayra Aguiar enfrentou uma das suas batalhas mais difíceis nas Olimpíadas de Paris. Logo na estreia, a judoca brasileira foi derrotada pela italiana Alice Bellandi, a número 1 do mundo na categoria abaixo de 78 kg. Após a luta, Mayra desabou, refletindo sobre todo o ciclo olímpico e as dificuldades enfrentadas para estar em Paris.
Neste ciclo, Mayra lidou com lesões e dores que frequentemente ameaçavam impedi-la de continuar. Ela mencionou como, em muitos momentos, parecia que perderia essa batalha, mas também lembrou o apoio das pessoas do judô e do Time Brasil, que a ajudou a chegar até a competição.
Mayra Aguiar e o Ciclo Olímpico
Mayra Aguiar começou a enfrentar lesões desde muito jovem, com sua primeira cirurgia ocorrendo aos 17 anos. Ao longo dos anos, ela passou por um total de oito cirurgias, tendo que aprender a treinar e competir mesmo com dor. No entanto, nos últimos anos, essa tarefa ficou ainda mais difícil.
Ela se isolou, limitando suas competições para preservar seu corpo e evitar a reafirmação constante das dificuldades físicas. Esse isolamento fez com que ela acabasse enfrentando adversárias mais fortes nas competições, como ocorreu em Paris.
Quais foram as dificuldades enfrentadas por Mayra Aguiar?
Durante o ciclo olímpico, Mayra enfrentou diversos desafios:
- Lesões e dores constantes.
- Oito cirurgias ao longo da carreira.
- Transtorno alimentar e insônia.
- Dificuldade em conciliar treinamentos com fuso horário e alimentação.
Esses problemas a fizeram mentir para si mesma sobre sua condição física, buscando formas de continuar competindo e representando o Brasil no judô.
O Futuro de Mayra Aguiar no Judô
Depois da derrota nas Olimpíadas de 2024, o futuro de Mayra Aguiar no judô é incerto. Ela mesma admite não saber se conseguirá continuar lidando com toda a dor e os desafios que o esporte impõe. Em seus próprios termos, há momentos em que deseja simplesmente desistir e queimar seus quimonos.
No entanto, seu amor pelo esporte e pela comunidade do judô continua a ser uma fonte de força, motivando-a a seguir em frente, mesmo quando tudo parece difícil. Essa paixão e determinação são características marcantes de Mayra, que ao longo dos anos conquistou três títulos mundiais e três medalhas olímpicas de bronze (2012, 2016 e 2021).
Mayra agradeceu ao apoio incondicional da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e do seu clube, a Sogipa, que entenderam suas limitações e permitiram que ela conduzisse o ciclo olímpico da melhor forma possível, equilibrando treinamentos e recuperação.
A trajetória de Mayra Aguiar é um exemplo de dedicação, resiliência e paixão pelo esporte. Mesmo diante das dificuldades, ela deu tudo de si e continuará sendo uma inspiração para todos os atletas e amantes do judô. Seja qual for sua decisão futura, seu legado no judô brasileiro já está assegurado.
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