Lula sanciona novo ensino médio e veta mudança no Enem
O novo ensino médio prevê pelo menos 3 mil horas divididas em dois grupos
O presidente Lula (PT) sancionou nesta quinta-feira, 1º, a lei que reforma o novo ensino médio. O petista vetou os trechos que tratavam de mudanças na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O texto aprovado no Congresso Nacional previa que, a partir de 2027, fossem cobrados no Enem os conteúdos dos itinerários formativos (parte flexível do currículo à escolha do estudante), além daqueles da formação geral básica que já são cobrados.
Aprovada durante a tramitação na Câmara dos Deputados, essa ideia havia sido retirada no Senado, mas acabou reinserida no texto final pelo relator, deputado Mendonça Filho (União-PE). Ao vetar o trecho, o governo argumentou que a cobrança do conteúdo flexível “poderia comprometer a equivalência das provas, afetar as condições de isonomia na participação dos processos seletivos e aprofundar as desigualdades de acesso ao ensino superior”.
O veto voltará para análise dos parlamentares, que poderão mantê-lo ou derrubá-lo.
Novo ensino médio
O novo ensino médio prevê pelo menos 3 mil horas divididas em dois grupos. Cerca de 2,4 mil horas de aulas com currículo igual para todos com aprendizados mínimos das disciplinas tradicionais, como Português, Matemática, Química, Física, História e Geografia. Esses conteúdos estão definidos na Base Nacional Comum Curricular.
Outras 600 horas de aulas que os alunos escolhem o que estudar entre Matemática, Linguagens, Ciências Humanas e da Natureza. A definição desses currículos será feita pelo Conselho Nacional de Educação.
Na rede pública, as secretarias de Educação vão definir quantos itinerários vão ser oferecidos, mas cada escola precisa ter pelo menos dois. Na rede privada, cada colégio vai ter liberdade de decidir como cumprir a regra.
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