O que Maduro quer conversar com Lula?
O ditador venezuelano procurou o governo brasileiro para solicitar um telefonema com o petista
Pressionado pela oposição venezuelana e pela comunidade internacional a apresentar as atas da farsa eleitoral de domingo, 28 de julho, o ditador Nicolás Maduro procurou o governo brasileiro para solicitar um telefonema com Lula (PT), registrou O Globo.
O contato poderia ter ocorrido na quarta-feira, 31, mas a agenda do petista atrapalhou.
Segundo o jornal, a conversa entre Lula e Maduro deve acontecer nesta quinta, 1º, embora não haja um horário marcado.
Lula não é o único líder procurado por Maduro
Maduro disse na quarta ter conversado com alguns chefes de Estado latino-americanos, entre eles o ex-guerrilheiro Gustavo Petro, presidente da Colômbia.
“Tenho um bom nível de diálogo com o presidente Petro. Tive a oportunidade de explicar muitas coisas, as coisas que venho explicando aqui”, afirmou o ditador venezuelano em declaração à imprensa.
“Ele [Petro] sabe que nós temos a vontade e a decisão de que a Venezuela triunfe na paz. A paz na Venezuela é a garantia de que a Colômbia faça sua paz”, acrescentou.
Diante da tentativa de Brasil, Colômbia e México fecharem um comunicado conjunto sobre a Venezuela, há a expectativa de que Lula também converse por telefone com Petro e Andrés Manuel López Obrador.
“Processo normal”, Lula?
Lula se manifestou na terça-feira, 30, sobre a farsa eleitoral de Nicolás Maduro, para dizer que se trata de um “processo normal”.
“Tem uma briga, como é que vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com recurso. Sabe?”, disse Lula em entrevista transmitida pela GloboNews.
“E vai esperar na Justiça, tomar o processo. E aí, vai ter uma decisão que a gente tem que acatar. Eu estou convencido de que é um processo normal, tranquilo. O que precisa é que as pessoas que não concordam tenham o direito de provar que não concordam e o governo tenha o direito de provar que está certo”, seguiu o presidente brasileiro, cujo governo ainda não reconheceu a eleição de Maduro oficialmente.
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