Como a imprensa pode chamar Haniyeh de "moderado"? Como a imprensa pode chamar Haniyeh de "moderado"?
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Como a imprensa pode chamar Haniyeh de “moderado”?

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Alexandre Borges
4 minutos de leitura 31.07.2024 06:49 comentários
Análise

Como a imprensa pode chamar Haniyeh de “moderado”?

Descrições de líder do Hamas como "pragmático" ignoram seu histórico violento, corrupto e extremista

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Alexandre Borges
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Como a imprensa pode chamar Haniyeh de “moderado”?
Foto: Reprodução

Ismail Haniyeh, líder do grupo terrorista Hamas, foi descrito por diversos veículos de imprensa como “moderado” ou “pragmático”. Essa caracterização não faz sentido, já que claramente ignora seu histórico e ações.

Eugene Kontorovich, professor de direito internacional na Universidade George Mason, comparou Haniyeh ao vilão Ernst Stavro Blofeld, de James Bond, para ilustrar como Haniyeh vivia confortavelmente no Catar enquanto promovia atos de violência e terrorismo. É uma caracterização mais correta. O patrimônio de Haniyeh é estimado em cerca de 4 bilhões de dólares, amealhado por corrupção e banditismo, roubando o povo pobre de Gaza.

Haniyeh teve uma reação pública chocante quando seus familiares foram mortos em conflitos com Israel. Em 2014, durante a Operação Margem Protetora, três de seus netos morreram em um ataque aéreo israelense. Em resposta, Haniyeh declarou que o sangue de seus filhos e netos não era mais valioso do que o de qualquer outro palestino e reafirmou seu compromisso com a resistência armada contra Israel. Ele usou a tragédia pessoal para fortalecer sua retórica assassina.

Evidências do Extremismo de Ismail Haniyeh

  • O Departamento de Estado dos EUA designou Ismail Haniyeh como terrorista, destacando seu envolvimento em ataques contra cidadãos israelenses e sua ligação com a ala militar do Hamas.
  • Haniyeh sempre manteve uma postura firme em relação à resistência armada contra Israel. Ele foi um defensor da luta armada, incluindo ataques contra civis. Sua liderança no Hamas coincidiu com períodos de intensificação dos ataques com foguetes e outras formas de violência contra Israel.
  • Ele tinha fortes laços com o Irã, onde morreu. O Irã é um país que apoia financeiramente e militarmente o Hamas. Esses laços reforçam a posição de Haniyeh como um líder comprometido com a agenda extremista do grupo, em vez de qualquer forma de moderação.
  • Mesmo após a perda de membros de sua família em ataques israelenses, Haniyeh continuou a defender a resistência violenta e se recusou a moderar a postura do Hamas. Ele declarou que o sangue de seus filhos não era mais valioso do que o dos outros palestinos, reafirmando a continuidade da luta armada.
  • O Hamas, sob a liderança de Haniyeh, foi responsável por uma série de ataques terroristas, incluindo o ataque de 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas em Israel. Esse ataque foi descrito como um dos piores atos de terrorismo internacional registrados, comparado aos atos do ISIS pela brutalidade.

A última declaração de Ismail Haniyeh foi feita em 8 de junho de 2024, após o resgate de quatro reféns pelo exército israelense. Nessa declaração, Haniyeh reafirmou a posição do Hamas de continuar a resistência e não se render.

Ele disse: “O nosso povo não se renderá e a resistência continuará a defender os nossos direitos frente a esse inimigo criminoso. E se a ocupação acredita que pode nos impor as suas escolhas pela força, está delirando. O movimento não concordará com qualquer acordo que não garanta a segurança para o nosso povo em primeiro lugar”. Além disso, ele acusou Israel de cometer massacres contra palestinos em Gaza, mencionando especificamente as localidades de Nuseirat e Deir al-Balah.

A caracterização de Ismail Haniyeh como “moderado” não se sustenta diante das evidências de seu envolvimento contínuo com atividades terroristas e sua defesa da violência como meio de alcançar objetivos políticos.

Sua designação como terrorista pelos EUA, o apoio explícito à violência e seu papel em ataques brutais contra civis são provas contundentes de que ele não era um moderado, mas sim um líder comprometido com a agenda extremista do Hamas.

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