Protestos na Venezuela derrubam pelo menos cinco estátuas de Hugo Chávez
Monumentos ao ditador morto em 2013 vieram abaixo em cinco estados; repressão a atos contra fraude eleitoral já deixou dois mortos
Pelo menos cinco estátuas do ditador Hugo Chávez (1954-2013) foram derrubadas nos protestos provocados pela fraude eleitoral promovida pelo regime de Nicolás Maduro, sucessor e herdeiro designado por Chávez, na Venezuela, registra O Globo.
A primeira estátua foi derrubada no estado litorâneo de Falcón (foto) na última segunda-feira, 29 de julho, logo após o Conselho Nacional Eleitoral, órgão controlado pelo chavismo, anunciar a “vitória” de Maduro no pleito.
Atas obtidas pela oposição, porém, mostram que o diplomata Edmundo González Urrutia, adversário do ditador, venceu com folga em todos os estados venezuelanos —e os oposicionistas divulgaram essas atas, ao contrário do CNE, que continua escondendo os documentos.
Quebrando as pernas da estátua
Segundo o jornal venezuelano La Patilla, as outras quatro estátuas foram derrubadas nos estados de Guárico, Carabobo, Aragua e Miranda. Desde a morte de Chávez, em março de 2013, mais de dez estátuas em homenagem ao ditador foram erguidas em toda a Venezuela.
Na cidade de Calabozo, em Guárico, “vídeos que circulam pela internet mostram um manifestante quebrando uma das ‘pernas’ da estátua com o que parece ser uma marreta ou martelo, enquanto outro empurra a estrutura com uma barra. A estátua cai inteira no chão, e a queda é recebida com gritos eufóricos, aplausos e comemoração”, escreve o jornal carioca.
Em Mariara, no estado de Carabobo, dezenas de manifestantes puxaram uma estátua de Chávez com cabos até derrubá-la, e depois se amontoaram para pisá-la e chutá-la. A cena também foi comemorada pela multidão presente.
Repressão a protestos deixa 2 mortos
Pelo menos duas pessoas morreram desde o início da repressão às manifestações contra a fraude eleitoral, que começou já na manhã da última segunda-feira, 29, informou a ONG Foro Penal, ouvida pelo jornal espanhol El País.
As mortes foram registradas nos estados de Yaracuy e Zulia, e uma das vítimas foi uma adolescente de 15 anos. De acordo com o Foro Penal, houve ainda 46 detenções arbitrárias.
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