Ciro Nogueira: “Silêncio da política externa e de Lula envergonham o país”
Senador vai pedir a convocação do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, para explicar a postura do Brasil frente à farsa eleitoral chavista
O líder da oposição ao governo Lula no Senado, Ciro Nogueira (PP-PI), voltou a criticar a condução da política externa brasileira em participação no programa Meio-Dia em Brasília desta terça-feira, 30.
Como mostramos, Nogueira vai pedir a convocação do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, para explicar a postura do Brasil frente à farsa eleitoral chavista.
“Esse pedido de convocação reflete uma vontade do Congresso Nacional de demonstrar que estamos em sintonia com a população brasileira, que está revolta com esta prática, com este golpe contra democracia que foi feito pelo ditador [Nicolás] Maduro”, disse Nogueira.
“O silêncio da nossa política externa e do presidente da República envergonha toda a política nacional, todo o nosso país”, acrescentou.
E a farsa eleitoral na Venezuela?
Nicolás Maduro foi oficialmente proclamado presidente da Venezuela na segunda-feira, 29 de julho, pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo ditador chavista.
Durante o seu discurso à CNE, afastando as críticas da oposição e da comunidade internacional, Maduro denunciou uma tentativa de impor um “golpe fascista e contra-revolucionário na Venezuela”.
Na véspera, Elvis Amoroso tinha denunciado um “ataque ao sistema de transmissão de dados que atrasou” a contagem. As contagens por sessão eleitoral solicitadas pela oposição ainda não estão disponíveis. Na segunda-feira, o Ministério Público acusou sem provas a líder da oposição Maria Corina Machado e mais duas pessoas de estarem por trás de um ataque hacker ao sistema de contagem de Votos.
A Venezuela também anunciou que suspenderia os voos com o Panamá e a República Dominicana, denunciando “ações de interferência” destes governos e expulsou embaixadores de sete países latino-americanos.
Maduro recebeu o apoio da Rússia e da China, bem como dos seus outros aliados habituais – Cuba, Nicarágua, Honduras e Bolívia. No Brasil, o Partido dos Trabalhadores não tardou a declarar apoio explícito a Maduro e reconhecer a sua “vitória.” O Itamaraty falou em “eleições pacíficas” e se mantém em posição de cumplicidade ambígua.
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