Evo Morales: “Maduro vai vencer e depois vão dizer que foi fraude”
Ex-presidente da Bolívia diz estar otimista com a vitória do "irmão" Maduro na Venezuela
O ex-presidente boliviano Evo Morales (foto) afirmou neste domingo, 28 de julho, que o ditador Nicolás Maduro vai vencer as eleições presidenciais na Venezuela, mas que a oposição dirá que houve “fraude”.
Em entrevista à rádio Kawsachun Coca, Evo Morales fez uma comparação com a situação da Bolívia em 2019, quando ele renunciou à presidência em meio a protestos por suspeita de fraude no resultado das eleições daquele ano.
“Vencemos [na Bolívia] e eles inventaram uma fraude para convulsionar e levar a um golpe de Estado. Lembrem-se, isso vai acontecer, a revolução bolivariana vai vencer, liderada pelo irmão Maduro e depois vão dizer que foi fraude.”
Morales também desejou “grande sucesso à revolução bolivariana da Venezuela, ao irmão Maduro e à sua equipe”.
“Estou otimista na vitória. Vai ser uma festa, mas depois vai vir este tipo de acusações através dos meios de comunicação. Nós passamos por essa experiência em 2019.”
Os venezuelanos vão às urnas neste domingo para votar nas eleições presidenciais do país. Horas antes do início da votação, os eleitores já faziam fila.
A expectativa é saber se o candidato da maior força de oposição, Edmundo González Urrutia, apoiado por María Corina Machado, consegue acabar com o regime chavista, comandado por Nicolás Maduro.
O que Maduro mais teme é uma alta taxa de participação. Quanto maior for a taxa de comparecimento entre os 21,5 milhões de eleitores da Venezuela, mais difícil será fraudar o pleito, porque o regime não tem controle total sobre a contagem.
Pesquisas recentes mostram Maduro muito atrás da oposição. Apesar das perseguições, ilegalidade e das reiteradas tentativas de sabotagem por parte do regime, o candidato Edmundo González Urrutia tem uma intenção de voto de 59,1% contra 24,16% do ditador venezuelano, segundo o Instituto Delphos.
Outro levantamento, divulgado em 11 de julho pelo instituto ORC Consultores, apontou que 58,6% dos eleitores indicaram votar em Edmundo Urrutia, o diplomata de 74 anos e o único nome autorizado pelo governo a concorrer em uma plataforma contrária à ditadura. Contra ele, Maduro teria 14,2% dos votos.
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