Marcas de luxo começam a ter problemas com a China Marcas de luxo começam a ter problemas com a China
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Marcas de luxo começam a ter problemas com a China

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 28.07.2024 08:47 comentários
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Marcas de luxo começam a ter problemas com a China

Desaceleração econômica na China afeta gigantes do luxo mundial, incluindo a LVMH e a Prada.

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Marcas de luxo começam a ter problemas com a China
Fonte: REUTERS/Aly Song

O valor das mais renomadas empresas de luxo do mundo está em queda livre. As razões por trás disso têm origem na redução dos gastos dos consumidores chineses, e nem mesmo as marcas mais exclusivas estão imunes a esse impacto. A LVMH, conglomerado por trás de marcas icônicas como Louis Vuitton e Christian Dior, testemunhou uma queda de 10% em suas vendas na Ásia, excetuando o Japão, segundo os resultados do primeiro semestre de 2024.

Este cenário de declínio parece estar se acelerando, com as vendas caindo 14% no segundo trimestre do mesmo ano, de acordo com resultados publicados recentemente. As ações da LVMH sofreram uma queda de 4,7% na quarta-feira, representando o maior declínio em um dia desde outubro, recuperando parcialmente na sexta-feira, mas ainda ficando 4,4% abaixo do nível pré-divulgação dos lucros.

Empresas de Luxo e a Redução de Gastos na China

A redução nas vendas da LVMH veio acompanhada de uma reação em cadeia em outras grandes empresas de luxo. As ações da Prada, listada em Hong Kong, caíram 3% após a divulgação dos resultados de LVMH. A Richemont, dona da joalheria Cartier, revelou uma queda nas vendas de 27% na China, Hong Kong e Macau no segundo trimestre de 2024, atribuindo essa queda ao baixo nível de confiança do consumidor.

Quem Mais Está Sentindo o Impacto na China?

A turbulência no mercado de luxo não parou por aí. A fabricante alemã Porsche disseminou uma queda nas vendas, citando a fraca demanda no segmento de luxo na China como uma das razões principais. Mesmo a Mercedes-Benz, outra gigante do mercado de carros de luxo, relatou uma redução de 4% nas receitas de sua divisão de carros. A proprietária da Gucci, Kering, também enfrentou uma desaceleração acentuada nas receitas chinesas no primeiro semestre de 2024.

Afinal, O Que Está Causando Essa Desaceleração na China?

A economia chinesa está passando por uma série de desafios, como baixo nível de confiança do consumidor, uma queda persistente no mercado imobiliário e uma crise crescente de dívida nos governos locais. Dados oficiais revelaram um crescimento econômico de 4,7% ano a ano no segundo trimestre de 2024, marcando o crescimento mais fraco desde o início de 2023.

Mesmo com esse cenário, algumas marcas conseguiram resistir. A Hermès, conhecida por suas bolsas Birkin e lenços de seda, relatou crescimento nas vendas em toda a região asiática, excetuando o Japão. A consultoria Bain & Company chamou o fenômeno de “vergonha do luxo”, semelhante ao comportamento observado nos Estados Unidos durante a crise financeira global.

O Futuro das Empresas de Luxo na Ásia

  • Redução de custos operacionais
  • Adaptação ao mercado local
  • Investimento em marketing digital
  • Foco em experiência do consumidor

As empresas de luxo estão revisitando suas estratégias e considerando várias abordagens para se adaptar a este novo cenário. Entre as principais ações estão a redução de custos operacionais, adaptação ao mercado local e maior investimento em marketing digital. O foco em proporcionar uma experiência excepcional ao consumidor é outra linha de frente onde essas marcas estão investindo fortemente.

Apesar das dificuldades, a resiliência das grandes marcas de luxo frente às adversidades sempre foi uma característica marcante. A adaptação rápida e eficaz às novas situações e tendências do mercado pode determinar quais empresas vão prosperar nesse período de transformação.

Enquanto a desaceleração chinesa continua a apresentar desafios, as estratégias adotadas por essas empresas poderão definir um novo marco no setor de luxo global. Vale a pena acompanhar de perto os próximos capítulos dessa história.

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