Crusoé: procuradoria argentina veta acesso a dados sobre “vida privada” de Milei
Veículo alinhado com o peronismo fez repetidas solicitações sobre o número, a raça e os custos de cuidados dos cães de Milei
A Procuradoria-Geral da Argentina determinou que a lei de acesso à informação do país não permite a divulgação de dados sobre os cachorros do presidente, Javier Milei, por configurarem parte de sua “vida privada”.
“O regime de informações públicas não pode ser transformado, por meio de um exercício abusivo do direito, em um instrumento para canalizar a simples curiosidade dos cidadãos”, afirmou o órgão em resposta a pedido do jornal Página12.
O veículo, alinhado com o peronismo, fez repetidas solicitações sobre o número, a raça e os custos de cuidados dos cães.
A procuradoria explicitou que as despesas com eles cachorros “não foram pagas com fundos do Tesouro Nacional”.
Os quatro cachorros conhecidos de Milei, todos da raça Mastim, vivem em canis na residência oficial da Presidência, o Palácio de Olivos, nos subúrbios ao norte da cidade de Buenos Aires.
Eles se chamam Murray, Milton, Robert e Lucas, em homenagem aos economistas Murray Rothbard, Milton Friedman e Robert Lucas.
Antes deles, Milei teve um outro Mastim, chamado Conan, em referência ao personagem de filme de ação “Conan, o Bárbaro”. Estima-se que ele tenha falecido, apesar de que o presidente argentino nunca tenha confirmado a morte.
Conan vira projeto de lei
Milei anunciou, em 2 de julho, uma proposta para rever a legislação sobre maus-tratos contra animais em território argentino. O texto, que prevê os aumentos das penas, leva o nome de “Lei Conan”, em homenagem ao seu falecido cachorro e símbolo das excentricidades do presidente.
No texto enviado pelo presidente à Câmara dos Deputados, a pena para quem é flagrado ou julgado por maus-tratos a animais subirá dos atuais 15 dias a um ano de prisão para, no mínimo, três meses de prisão — podendo chegar a três anos em privação de liberdade. Além disso, haverá uma multa variando entre 5 a 20 salários mínimos locais (cerca de 24 mil reais, na cotação atual).
A lei que atualmente tipifica os crimes contra animais é de meados do século passado. Ao tentar atualizar o texto, o presidente tentará incluir novas formas de maus-tratos ainda não previstos, para incluir práticas como tortura e abuso sexual contra os bichos.
Milei resolveu nomear…
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