Novelas e filmes: por que tantos remakes?
As bilheterias estrondosas de remakes como Top Gun Maverick e Divertidamente 2 ajudam a explicar, mas não contam toda a história.
Por que se fazem tantos remakes (refilmagens) e sequências de novelas e filmes de sucesso de décadas atrás? As bilheterias estrondosas de Top Gun Maverick e Divertidamente 2 ajudam a explicar, mas não contam toda a história.
Quando um estúdio resolve fazer uma sequência ou recomeçar do zero uma franquia de sucesso, estão indo por um caminho que consideram mais seguro para a lucratividade.
Porque é que arriscariam ter que criar e apresentar personagens novos para o público, que pode não se interessar por eles, quando podem continuar a contar histórias de alguém que já é conhecido e traz as pessoas ao cinema ou para frente da TV?
Fórmula nem sempre vencedora
Nem sempre essa fórmula dá certo, pois as vezes o público se cansou de tanto “mais do mesmo” disfarçado ou a nova produção não foi feliz na abordagem daquele personagem querido, que, de repente, nem é mais tão querido assim. A audiência apenas morna da nova versão de Renascer, no ar na TV Globo, após o sucesso de outro remake com ambientação rural, Pantanal, comprovariam essa incerteza.
No mundo do cinema, as bilheterias de sequências de filmes também amargam fracassos Indiana Jones e o Chamado do Destino e Furiosa: Uma Saga Mad Max, só para citar exemplos recentes, também indicam que não há garantias para o triunfo.
Mesmo assim essa tendência não parece estar perdendo força. Uma nova versão da novela Vale Tudo, com Odete Roitman e sua turma, vem aí. No cinema temos Vin Diesel e seu Velozes e Furiosos 11 e os veteranos os veteranos Mel Gibson e Danny Glover com Máquina Mortífera 5 no forno.
Novos tempos, novas soluções
Os estúdios já perceberam o problema de depender muito dessas fórmulas de sucesso nem sempre garantido e, ao invés de apostar alto só nesse caminho, já se fala de redução de custos dos filmes para que bilheterias menos exuberantes garantam um lucro mais facilmente.
Outro caminho, desbravado com mais força durante o período de lockdown na pandemia, foi lançá-los direto no streaming, como feito recentemente com títulos de astros como Eddie Murphy, Ryan Reynolds, Jennifer Lopez, Ryan Gosling e outros nomes importados das telonas.
Aos poucos, com a mudança de hábito dos consumidores e multiplicação de opções de entretenimento, talvez nos habituemos a termos menos filmes e novelas com números gigantescos de público, seja no cinema ou na televisão, e com isso a forma com que novas produções serão escolhidas e tendem a mudar também.
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