“Três golpes sucessivos”
O historiador e comentarista político americano Victor Davis Hanson argumenta que o Partido Democrata dos EUA manipulou o processo eleitoral em três momentos decisivos
O historiador e comentarista político americano Victor Davis Hanson publicou artigo intitulado “Três golpes sucessivos”, no site American Greatness, nesta quinta, 25. Ele guia o leitor pela história recente, mostrando que o Partido Democrata dos EUA manipulou o processo eleitoral em três momentos decisivos.
Ele alega que “em março de 2020, todos os principais candidatos das primárias democratas se retiraram abruptamente e em uníssono da corrida presidencial, cedendo a indicação a Joe Biden“. O atual presidente americano, que havia perdido as três primeiras disputas em Iowa, New Hampshire e Nevada, só conquistou sua primeira vitória na Carolina do Sul.
Na véspera das primárias do Super Tuesday, as candidaturas dos favoritos Bernie Sanders, Pete Buttigieg, Elizabeth Warren e outros “simplesmente evaporaram”. Segundo Hanson, o temor de uma vitória socialista de Sanders e uma consequente derrota esmagadora para Donald Trump na eleição geral motivou a ação de doadores e insiders políticos. Estes optaram por Biden, considerado um moderado, em detrimento dos concorrentes mais à esquerda.
“Agora, o favorito Biden ainda mostrava sintomas óbvios de grave declínio cognitivo que só pareciam aumentar durante a campanha de 2020”, destaca Hanson. Ele também menciona que Biden prometeu uma campanha de “cura” das divisões do país e uma presidência unificadora, mas, na prática, suas agendas provaram ser “as mais divisivas e à esquerda em quase um século”.
Rumores de um acordo secreto em março de 2020 surgiram, onde os Biden serviram como fachada moderada, enquanto as operações reais eram conduzidas por ex-funcionários de Barack Obama, consultores e assessores. Hanson menciona que Obama não deixou Washington, mas comprou uma mansão e permaneceu próximo ao poder.
Os democratas demonizaram qualquer crítico do evidente declínio mental de Biden. Durante a campanha de reeleição abortada de 2024, até mesmo os aliados começaram a admitir a seriedade do problema. Pesquisas indicavam uma iminente vitória de Trump e uma grande derrota democrata no Congresso.
“De repente, no domingo, 21 de julho, poucos dias antes da formalização das cédulas estaduais e na véspera da convenção democrata, os chefes do partido, mega-doadores e marionetes de Obama entraram em ação pela terceira vez”, escreve Hanson. Eles teriam ameaçado cortar todo o financiamento da campanha de Biden e cogitaram invocar a 25ª Emenda para encerrar sua presidência, caso ele não retirasse sua candidatura e endossasse a vice-presidente Kamala Harris.
A escolha de quase 15 milhões de eleitores nas primárias de Biden foi invalidada, sem consultar delegados ou considerar outros candidatos democratas. Biden foi deposto e Harris coroada, sem muita consulta pública ou transparência. “E tudo isso foi obra dos mesmos que pregaram que ‘a democracia morre na escuridão’ [slogan do jornal The Washington Post]“, conclui Hanson.
Quem é Victor Davis Hanson
Victor Davis Hanson é um historiador e comentarista político americano. Professor emérito da Universidade Estadual da Califórnia, Fresno, e membro sênior da Hoover Institution, na universidade de Stanford, Hanson é autor de vários livros, incluindo “Carnage and Culture” e “The Case for Trump”. Conhecido por suas análises críticas sobre política americana e história militar, Hanson frequentemente contribui com artigos para jornais e revistas de língua inglesa.
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