Kamala defende “cessar-fogo”, mas omite que Hamas se nega a libertar 115 reféns
Kamala Harris deu declaração a repórteres após reunião fechada com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
A presumida candidata do Partido Democrata às eleições presidenciais americanas deste ano, a vice-presidente Kamala Harris (foto), defendeu, nesta quinta-feira, 25 de julho, um “cessar fogo” entre Israel e Hamas, mas omitiu a resistência do grupo terrorista palestino ao acordo.
Ela deu a declaração a repórteres após reunião fechada com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
“Houve um movimento esperançoso nas negociações para garantir um acordo. E como acabei de dizer ao primeiro-ministro Netanyahu, é hora de concretizar este acordo. Portanto, para todos que têm pedido um cessar-fogo e para todos que anseiam pela paz, eu vejo vocês e ouço vocês”, disse Kamala Harris.
A vice presidente citou um acordo na mesa sobre o cessar-fogo e um acordo na mesa sobre os reféns.
Entretanto, ela não colocou a libertação dos 115 reféns restantes como pré-condição para a retirada das tropas israelenses, nem disse que o Hamas tem rejeitado essa libertação.
Kamala Harris apenas disse: “Vamos trazer os reféns para casa”.
A vice-presidente se reuniu com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na noite desta quinta-feira, 25 de julho.
Ela também condenou o protesto antissemita contra a presença de Netanyahu no Congresso americano.
Dentre as manifestações, que se concentraram nos arredores da sede do Legislativo federal americano, havia menções de ameaça a Netanyahu e de simpatia ap grupo terrorista Hamas. Uma pichação dizia: “Hamas está chegando”. Também se queimou a bandeira americana.
Em nota oficial, publicada nesta quinta, 25, Kamala Harris escreveu: “Condeno qualquer indivíduo associado à brutal organização terrorista Hamas, que prometeu aniquilar o Estado de Israel e matar judeus. A pixação e a retórica pró-Hamas são abomináveis e não devemos tolerar isso em nossa nação.
Eu condeno a queima da bandeira americana. Essa bandeira é um símbolo de nossos mais altos ideais como nação e representa a promessa da América. Nunca deve ser profanada dessa maneira.”
Kamala Harris foge de Netanyahu
Kamala Harris recusou o convite para presidir a sessão conjunta do Congresso durante o discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu nesta quarta, 24.
Como vice-presidente, Kamala Harris preside o Senado, assim como as sessões conjuntas do Congresso.
A recusa, interpretada por muitos como uma desfeita diplomática, é também vista como um aceno para a ala mais radical e antissemita do Partido Democrata e de seu eleitorado.
Harris estará em Indianapolis para um evento previamente agendado, mas sua ausência no Congresso durante o discurso de Netanyahu. A decisão gera especulações sobre sua estratégia política, especialmente à medida que ela busca a nomeação presidencial do partido após a saída de Joe Biden da corrida eleitoral.
A recusa de Harris ocorre em um momento em que o Partido Democrata está profundamente dividido sobre a guerra em Gaza. Diversos legisladores esquerdistas planejam boicotar o discurso de Netanyahu. Enquanto isso, os republicanos têm demonstrado forte apoio ao premiê israelense, criticando os democratas por qualquer oposição.
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